Este festival, onde o cinema português tem tido presença regular nos últimos anos, dentro e fora de competição, cumprirá a 54.ª edição de 30 de janeiro a 09 de fevereiro.

Na competição Big Screen, que inclui um prémio de distribuição, está o filme “Pai Nosso — Os últimos dias de Salazar”, primeira longa-metragem de ficção de José Filipe Costa, depois de três documentários.

“Mais do que contar uma história, interessa-me que o filme crie um mundo ficcional que retrate um homem preso na teia que urdiu, lutando contra a sua decadência física e psicológica e a perda do poder”, explica o realizador em nota de intenções.

No elenco estão Jorge Mota e Catarina Avelar, entre outros.

O realizador Sandro Aguilar regressa ao festival de Roterdão, onde já apresentou filmes em 2011 e 2020, para estrear na competição “Tiger” a longa-metragem “Primeira pessoa do plural”.

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O filme é protagonizado por Isabel Abreu e Albano Jerónimo, um casal que se prepara para celebrar vinte anos de casamento numa ilha tropical. “Antes da partida para o paraíso, durante uma noite que têm inesperadamente de passar separados, os efeitos secundários das vacinas fazem-se sentir — febres, desmaios, arrepios, alucinações diversas” e instala-se uma “melancólica disposição”, refere a sinopse.

Na competição de curtas-metragens está o filme “La Durmiente”, de Maria Inês Gonçalves, numa coprodução com Espanha.

“La Durmiente” é o primeiro filme de Maria Inês Gonçalves, depois de duas ‘curtas’ feitas em contexto escolar (“O meu pijama” e “O banho”), e foi filmado no Mosteiro de Sancti Spiritus, em Espanha, onde está sepultada Beatriz de Portugal.

“O filme aborda a história desta figura preponderante na crise dinástica portuguesa de 1383, mediante um grupo de sete crianças” que interpretam fragmentos da vida dela, lê-se na sinopse.

Noutras secções, a que é dedicada a curtas e médias-metragens inclui, em estreia mundial, “Vultosos Cumes”, ficção de Diogo Salgado, e “Amarelo Banana”, animação de Alexandre Sousa.

“Vultosos Cumes” conta a história de Pedro, que viaja pela primeira vez com os seus colegas de trabalho numa carrinha em direção a França.

“Embora, para os outros, esta seja mais uma viagem de trabalho, cada quilómetro aproxima Pedro de um lugar que o seduz: as colossais montanhas dos Alpes”, refere a Agência da Curta-Metragem, que o distribui.

Diogo Salgado, que prepara atualmente a primeira longa-metragem, fez a estreia como realizador com o filme “Noite Turva” (2020), que esteve em competição em Cannes e foi premiado em Vila do Conde.

“Amarelo Banana” é o primeiro filme de animação de Alexandre Sousa, coproduzido entre Portugal e a Hungria, que é descrito como “uma comédia do absurdo” sobre um homem a braços com insónias e que descobre uma estranha comunidade no prédio onde mora.

O Festival de Roterdão abrirá com a comédia negra “Fabula”, do realizador neerlandês Michiel ten Horn.