Fernando Medina já foi constituído arguido no âmbito da operação Tutti Frutti, por suspeitas do crime de prevaricação. A RTP avança que que o ex-ministro das Finanças foi já ouvido no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa há cerca de um mês.
Em julho, Medina já tinha revelado que o Ministério Público o queria ouvir na qualidade de arguido: “Tive conhecimento nos últimos dias, através de comunicação da Assembleia da República, que o Ministério Público solicita a minha audição, na qualidade de arguido, no âmbito do inquérito conhecido como processo ‘Tutti Frutti’”, referia na altura, numa nota enviada à comunicação social.
Fernando Medina vai ser constituído arguido no processo “Tutti-Frutti”
No mesmo comunicado, o deputado socialista referia que, segundo a comunicação do Ministério Público à Assembleia da República, era suspeito da “prática de um alegado crime de prevaricação”.
“Em causa está a atribuição alegadamente indevida, por mim, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 23 de março de 2017, de um apoio financeiro no valor de duzentos mil euros — a realizar em dois anos — à XV – Associação Amigos do Rugby de Belém, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo”, acrescentava, defendendo que tinha visto “com perplexidade, que a fundamentação do Ministério Público assenta num erro grosseiro e inexplicável”.
Mais de um mês depois destas declarações, em setembro, a Assembleia da República aprovou por unanimidade o levantamento da imunidade parlamentar a Fernando Medina.