O programa de pré-reformas lançado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) teve uma adesão de 32 trabalhadores, estando neste momento a ser formalizados os respetivos contratados de cessação de funções.

O número foi avançado esta quarta-feira pelo provedor da instituição que sublinhou tratar-se de um plano voluntário adotado no quadro do plano de reestruturação em curso na SCML.

Este plano esteve aberto entre 10 de outubro e 15 de novembro. Paulo Alexandre Sousa esteve na comissão do Trabalho e Segurança Social a pedido do grupo parlamentar do PS para falar do plano de reestruturação que prevê a saída de 208 pessoas da instituição por pré-reformas no horizonte até 2027, para além das 244 reformas previstas para o próximo ano. Em 2024, indicou, saíram 72 pessoas por reforma.

O provedor voltou a recusar a ideia de despedimentos, mas sublinhou que os custos com pessoal ultrapassam os 60% das receitas da Santa Casa, reconhecendo que é “um desafio difícil, mas não impossível”.

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Paulo Alexandre Sousa reconhece que as pessoas têm expectativas justas e que é preciso encontrar formas de gerir essa situação, indicando que tem procurado conversar com todas as pessoas que saem da instituição. Por outro lado, constatou que existem na Santa Casa contratos de trabalho com pessoas com mais de 80 anos, o que não é uma prática normal no mercado de trabalho. “Isto não pode acontecer”, defendeu. O plano de reestruturação tem como objetivo o rejuvenescimento dos efetivos da instituição que atualmente têm uma média etária de 48 anos.

Plano para a Santa Casa prevê liquidez anual de 100 milhões, saídas (negociadas) de trabalhadores com mais de 65 anos e pré-reformas