E vão quatro. O FC Porto goleou o Boavista no Dragão e somou a quarta vitória consecutiva, subindo à liderança provisória do Campeonato antes do dérbi de Alvalade e terminando o ano com a manutenção do registo totalmente vitorioso em casa na atual temporada. Em resumo, os dragões vão esperar por um empate entre Sporting e Benfica para que possam celebrar o Ano Novo no topo da classificação.

Rodrigo e um talento que já não perde pela de(Mora) (a crónica do FC Porto-Boavista)

O FC Porto alcançou o resultado mais volumoso dos últimos oito contra o Boavista, alcançando agora um total de 24 dérbis sem perder contra os axadrezados. Samu bisou, chegando aos 18 golos na atual temporada, Nico González aumentou a vantagem e Rodrigo Mora voltou a marcar depois de já ter voltado a assistir para o golo do médio espanhol, levando o Dragão à loucura num jogo que também contou com homenagem a Jorge Nuno Pinto da Costa, que celebrou 87 anos este sábado.

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“Por tantos largos dias, 100 anos de gratidão é pouco. Para sempre o maior de todos nós. Parabéns, eterno presidente. Longa vida ao rei”, podia ler-se na tarja erguida pelos Super Dragões nas bancadas. O ex-presidente do FC Porto, que não marcou presença no Dragão, foi lembrado ainda antes do apito inicial e também durante o minuto 87, que antecedeu o segundo golo de Samu.

Depois do apito final, ainda no relvado, Rodrigo Mora dirigiu algumas palavras aos adeptos. “É sempre bom receber prémios, mas é de destacar o trabalho da equipa. Agora temos de continuar a trabalhar para continuarmos no primeiro lugar. Sabemos que era um jogo difícil e foi, mas o mais importante é estarmos em primeiro. No Dragão, junto com os nossos adeptos, é sempre mais especial. Foi um momento muito feliz para mim e para a minha família”, atirou o jovem de 17 anos, que nunca tinha marcado no estádio dos dragões, com Samu a descrevê-lo mais tarde como um “irmão mais novo”.

Já Vítor Bruno, na zona de entrevistas rápidas, começou por fazer uma rápida análise ao jogo. “A fase inicial trepou para níveis de intensidade muito alto, nessa fase tivemos dificuldades para abrir caminhos, mas a partir do momento em que marcámos o primeiro golo, o adversário começou a destapar-se mais um pouco. Para além dos quatro golos que marcámos, tivemos mais uma boa quantidade de ocasiões para marcar golos. Grande compromisso dos jogadores”, sublinhou.

Mais à frente, o treinador do FC Porto comentou ainda o facto de ter arrancado em sprint para festejar com Rodrigo Mora quando o jovem jogador voltou a marcar. “É difícil conter e eu às vezes nem sou tão expansivo e tento segurar. É daqueles golos que faz muita gente vir aos estádios. É um menino que tem olhado para o jogo com um cariz de maturidade elevado e não é só pelo talento. É pela forma como trabalha, como faz aquilo que lhe tem sido pedido e na forma como tem produzido aprendizagem não só com bola, mas também no momento defensivo”, indicou Vítor Bruno, que leva agora a melhor série de vitórias consecutivas no Dragão das últimas seis épocas.

Mais à frente, o treinador justificou a ausência de Fábio Vieira, que passou de titular a não ser sequer incluído na ficha de jogo. “Eu tenho de tomar decisões, olhar muito para aquilo que é o rendimento dos jogadores, a forma como eles olham também para o dia a dia. O Fábio tem muito talento, só que o talento tem de estar alicerçado numa série de pressupostos. E quando há um ou outro que acaba por ruir, torna tudo mais difícil. Ele tem um potencial imenso, que me oferece garantias, mas eu não posso abdicar dos princípios dos homens”, explicou, garantindo que “conta” com o jogador e que este estará disponível na próxima jornada.