Um total de 308 professores nos Açores estão este mês de baixa médica e 233 assistentes operacionais estão ausentes ao serviço por doença, revelou esta sexta-feira o Governo Regional.

Numa resposta a um requerimento dos deputados do Chega/Açores no parlamento açoriano, o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, acrescentou que até dia 30 de setembro, no arranque do ano letivo, estavam de baixa médica 224 docentes.

Até à data da resposta ao requerimento do Chega, na terça-feira, encontravam-se de baixa médica 308 docentes, lê-se na resposta.

Quanto aos assistentes operacionais, no arranque do ano letivo 2024/2025, estavam de baixa médica 220 profissionais, aumentando para 233 em janeiro de 2025.

Na resposta ao Chega, o Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) esclarece que as baixas dos professores “são todas superiores a 30 dias“.

Sobre a existência de casos detetados de baixas fraudulentas de professores e assistentes operacionais nas escolas dos Açores, o Governo Regional disse que “não dispõe da informação desagregada conforme solicitado”.

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No entanto, sublinha, as situações que indiciem uma atuação fraudulenta por parte do trabalhador, podem dar lugar “à intervenção de junta médica”, cabendo ao dirigente do serviço “fundamentar o pedido para essa intervenção, tal como nos demais serviços da Administração Pública Regional”.

Numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, o líder parlamentar do Chega/Açores, José Pacheco, lamenta que “não exista informação se foram ou não detetadas baixas fraudulentas nas escolas da região”.

José Pacheco defende que “é preciso começar a denunciar” situações conhecidas de alegadas baixas fraudulentas.

Além disso, “os médicos — que todos sabemos — que passam baixas médicas sem consultar o doente, também têm de ser chamados à responsabilidade”, aponta o deputado, citado na mesma nota, alertando que “a falta de professores é uma situação que tem afetado os Açores e o território nacional, e que tem tendência a agravar-se”.

“Por isso, não podemos continuar a ter, sistematicamente, no início de todos os anos letivos, professores que põem baixa médica para não se apresentarem na escola. Todos sabemos que há professores que põem baixa porque foram colocados noutras ilhas e que não querem abandonar as suas vidas para irem dar aulas noutra ilha”, vinca José Pacheco.