O anúncio foi feito pelo diário Nikkey e coincide com o primeiro surto da febre no Japão em décadas, já que foi registado, no final de agosto, pela primeira vez em 70 anos um caso de dengue contraído dentro do país.

A segurança e a eficácia do novo fármaco foram testadas na Colômbia em cerca de uma centena de pessoas, com idades compreendidas entre 18 e 45 anos, segundo resultados de ensaios médicos publicados, este mês, por uma revista britânica especializada.

Do universo de 100 pessoas a quem foi administrada a vacina, 76 desenvolveram anticorpos contra o vírus, sendo que 96% tinha ativas as defesas contra três serótipos da dengue e 60% contra os quatro serotipos conhecidos.

A vacina, ainda em fase experimental, é um produto do laboratório norte-americano Inviragen, adquirido pela Takeda no ano passado.

A segunda fase dos exames clínicos, que visa analisar os efeitos do tratamento numa amostra maior, está a já a decorrer na Colômbia, Singapura e Tailândia, de acordo com o jornal económico japonês.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Se o processo não sofrer contratempos, a Takeda prevê iniciar a comercialização da vacina em 2017, nas zonas onde o vírus é mais frequente, como no sudeste da Ásia, América Latina e África.

Atualmente, a farmacêutica não tem planos para vender a vacina no Japão, onde nas últimas semanas se registou o primeiro surto de dengue desde 1945, o qual afeta já mais de 70 pessoas.

O grupo farmacêutico francês Sanofi anunciou, na semana passada, ter registado resultados positivos na última etapa do estudo para criar uma vacina contra a dengue, incluindo os casos hemorrágicos.

O estudo foi realizado em 20.000 crianças que vivem no Brasil, Colômbia, México, Honduras e Porto Rico. Os resultados são consistentes com os de um outro realizado pela mesma empresa na Ásia, numa amostra de 10.000 voluntários.

A data prevista de comercialização é 2015.

A Organização Mundial de Saúde estima que entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas no mundo sejam infetadas todos os anos por dengue, doença para a qual não existe vacina ou antiviral efetivo e cujos sintomas são tratados com medicamentos para baixar a febre.