Teatro, cinema, ativismo. Os 52 anos de vida de Christopher Reeve foram recheados, mas o ator será sempre recordado como o Super-Homem. Mesmo 10 anos depois da sua morte.

A personagem da DC Comics era um sucesso nos livros aos quadradinhos e na série televisiva dos anos 50, com George Reeves a dar vida ao Super-Homem. Faltava um grande filme no cinema.

A oportunidade chegou em 1978, pela mão do realizador Richard Donner. O elenco contava com Marlon Brando, Gene Hackman e Glenn Ford, mas o papel principal foi para um jovem e desconhecido ator chamado Christopher Reeve. Os quase dois metros de altura e o porte atlético terão ajudado à contratação. Era o próprio Reeve a protagonizar as cenas para as quais era aconselhado um duplo.

O filme correu tão bem que se seguiram mais três, em 1980, 1983 e 1987. Mas Christopher Reeve também fez por despir a capa de Super-Homem e os óculos de Clark Kent, participando frequentemente em outros filmes e séries.

Até maio 1995. Durante uma competição equestre no estado da Virgínia, Reeve sofreu um acidente de cavalo e ficou tetraplégico. As participações na sétima arte não pararam totalmente, mas o papel principal do “Super-Homem” passou a ser a busca por melhorias de saúde, dele e dos outros deficientes motores. Christopher Reeve deu o seu nome a uma fundação de angariação de fundos para a investigação na área das lesões cervicais e tornou-se um acérrimo defensor dos direitos dos deficientes.

Casado e pai de três filhos, Reeve sofreu uma paragem cardíaca comum em pessoas paralisadas, no dia 9 de outubro de 2004, quando se encontrava em casa. Entrou em coma, acabando por morrer no dia seguinte, aos 52 anos.

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HOLLYWOOD, CA - OCTOBER 11:  Flowers and memorbilla are seen on Christopher Reeve's star at the Hollywood Walk of Fame on October 11, 2004 in Hollywood, California. Reeve died of heart failure on October 10.  (Photo by Frazer Harrison/Getty Images)

A 11 de outubro de 2004, os fãs prestaram homenagem a Christopher Reeve no Passeio da Fama, em Hollywood. © Frazer Harrison/Getty Images

Filho continua a apoiar tratamentos na medula espinal

Para lembrar a data, o filho mais velho de Christopher Reeve, Matthew Reeve, anunciou esta quinta-feira progressos no tratamento de lesões na medula espinal. E desejou que o pai estivesse vivo para ver.

À revista People, apresentou, pela primeira vez, o avanço no tratamento de dois homens através da terapia de “estimulação epidural”. Segundo a revista, depois de ter ficar paralisado, Chistopher, que morreu em 2004, e a mulher Dana Reeve, que morreu dois anos depois, dedicaram a vida a melhorar a vida de seis milhões de pessoas com paralisia através do Chistopher & Dana Reeve Foundation.

Quando o pai ficou tetraplégico, Matthew era um adolescente. Na memória guarda as conversas frequentes ao jantar sobre os últimos avanços científicos relacionados com a medula espinal. “É uma honra continuar o trabalho que ele começou”, disse.