O resultado dos testes efetuados à doente internada no hospital S. João com suspeitas de ébola foi negativo. Francisco George assegurou à TSF que “não há sinais de qualquer doença relacionada com ébola”. O JN avançou que se trata de uma mulher de 45 anos, que esteve recentemente em África e que se terá deslocado para o hospital de transportes públicos.

O diretor-geral da Saúde disse ainda que a mulher cumpria os critérios de suspeita da doença tendo estado numa região africana onde há foco de infeção da doença nos últimos 21 dias. “Nós não investigamos qualquer caso”, afirmou Francisco George. Ainda à TSF, o diretor-geral relembrou que quem suspeite ter contraído o vírus ébola deve ligar para a Linha de Saúde 24 e proceder consoante o aconselhamento dos enfermeiros, evitando assim exposição nos transportes públicos.

Há uma ansiedade coletiva que não é saudável. É preciso que a população reconheça que as autoridades de saúde estão atentas a este problema e que Portugal dispõe de um plano que tem sido devidamente testado e que não entrem em pânico perante as notícias divulgadas”, sublinhou. Francisco George pediu ainda que a população faça um esforço e que colabore, nomeadamente no que respeita à adoção de comportamentos de segurança.

Quanto ao estado de saúde da mulher internada, Francisco George disse que a paciente continuará sob observação, mesmo não se tendo confirmado o quadro de ébola. “O Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA) já concluiu as análises que dizem respeito à deteção do vírus do ébola e confirma que são absolutamente negativas, isto é, a condição de doença da doente em causa não é explicada pelo vírus Ébola, pelo que outras análises estão a decorrer”, adiantou Francisco George à Lusa.

Ainda ontem, em declarações à RTP, Margarida Tavares, diretora clínica do S. João disse que o pessoal hospitalar que atendeu a doente com sintomas suspeitos de ébola “está identificado”, mas não sob “vigilância ativa”, já que a suspeita não estava confirmada. O S. João é um dos três hospitais de referência no país para lidar com casos de ébola – os outros são o Curry Cabral e o hospital D. Estefânia, ambos em Lisboa.

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