Os ministros da Saúde da União Europeia decidiram lançar uma revisão imediata da monitorização dos passageiros com origem nos países atingidos pelo Ébola na África Ocidental, anunciou esta quinta-feira o comissário europeu da Saúde, Tonio Borg.

A Comissão Europeia “vai lançar imediatamente uma auditoria dos sistemas de monitorização à saída dos países afetados para verificar a sua eficácia e reforçá-los, se necessário”, disse Borg aos jornalistas, no final de um encontro dos governantes em Bruxelas. O trabalho, que incidirá sobre a Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, países mais afetados pela epidemia, será realizado em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os ministros também concordaram em coordenar medidas nos pontos de entrada dos 28 Estados-membros da União Europeia, apesar de qualquer decisão sobre a monitorização do vírus caber a cada país. Os membros deverão “coordenar medidas nacionais” nos pontos de entrada no espaço comunitário, como protocolos e procedimentos comuns quanto a questionários aos passageiros. Segundo responsáveis comunitários, 21 ministros da Saúde participaram na reunião, convocado em pouco tempo.

O surto da febre hemorrágica provocou a morte, até agora, de quase 4.500 pessoas, a maioria na África Ocidental. Vários trabalhadores da área da saúde regressaram à Europa depois de terem contraído infeções por Ébola em África, mas o único caso reconhecido até agora de transmissão registado no continente é o de uma auxiliar de enfermagem em Madrid.

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