Francisco George confirmou que há 90 casos já diagnosticados com Legionella, afirmando que 16 das pessoas infetadas estão atualmente internadas nos cuidados intensivos. O director-geral de Saúde disse que ainda não foi identificado o foco de infeção e propagação desta bactéria, aconselhando quem vive em Vila Franca de Xira a não tomar duche e preferir o banho de imersão, não usar banheiras de hidromassagem ou jacuzzis e ainda desinfetar a cabeça de duche e torneiras com lixívia.

Após a reunião de coordenação das autoridades de Saúde que foi convocada com caráter de emergência, Francisco George disse que “mais de 90% dos casos” estão concentrados nas freguesias de Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga, em Vila Franca de Xira. As autoridades esperam “ter mais casos” nas próximas horas e dias. O director-geral de Saúde disse ainda que esta bactéria não se transmite através da ingestão de água, mas sim de uma “forma bizarra”, através da inalação de gotículas de àgua.

As pessoas contaminadas pela Legionella estão nos hospitais de Vila Franca de Xira, S.José, Amadora Sintra, Santa Maria, Fernanda Fonseca, Descobertas e Loures. O hospital de Vila Franca de Xira fez saber através de uma nota à comunicação social, ao início da noite, que tem 47 doentes internados com Legionella nas suas instalações, dez dos quais nas unidades de cuidados intermédios e intensivos. Além dos seis casos em estado crítico, “os restantes mantêm-se estáveis”.

Quanto à fonte de infeção, George diz que esta “não encontrada” e que para já “não há explicação para o fenómeno”. No entanto, as equipas de investigação “foram reforçadas” e as análises estão a ser elaboradas pelo Instituto Ricardo Jorge. Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, disse que o município está em contacto com esta equipa e está a promover um plano que abrange recolhas “em mais zonas do concelho”, disse o autarca à SIC.

Mesmo quando inalada, a bactéria não tem o mesmo efeito em todas as pessoas. Enquanto que em alguns casos leva a fortes pneumonias, que podem ser fatais para quem já sofre de problemas respiratórios ou para as pessoas mais idosas, nem todas as pessoas “estão suscetíveis”.

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