O Ministério da Saúde recuou e acabou por não receber em reunião, esta tarde, o sindicato dos enfermeiros portugueses (SEP). O ministério de Paulo Macedo lamenta que o sindicato não tenha aceitado o pedido de adiamento das greves convocadas para esta sexta-feira, 14 de novembro, e para o dia 21 de novembro, e acusa os enfermeiros de deixarem o bem-estar dos doentes para segundo plano.

“Infelizmente, o Ministério da Saúde regista que o SEP não compreendeu a gravidade do momento e colocou as suas reivindicações acima do bem-estar dos doentes. Neste contexto de incompreensão do SEP face à situação de dificuldades a que as instituições de saúde têm dado excelente resposta, que se traduz numa recusa de desconvocar esta greve, não resta alternativa ao Ministério da Saúde do que desmarcar a reunião que se encontrava agendada para hoje”, diz fonte oficial do ministério em comunicado, enviado esta tarde às redações.

O Ministério da Saúde acrescenta ainda que “por forma a garantir os níveis de cuidados adequados no contexto extraordinário do momento, está a preparar as medidas necessárias à diminuição de impactos negativos sobre os doentes e a população”, avaliando nomeadamente “os serviços mínimos exigíveis nos hospitais de Vila Franca de Xira e Amadora-Sintra, e nos Centros Hospitalares de Lisboa Norte, Lisboa Central e Lisboa Ocidental”.

São estas as unidades hospitalares que têm ajudado a cuidar dos doentes infetados com a bactéria da Legionella. Para evitar perturbações nos cuidados, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, tinha endereçado uma carta ao SEP a pedir para adiarem a greve, mas estes recusaram a fazê-lo sem antes verem respondidas algumas das suas exigências.

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