A inauguração coincide com o 70.º aniversário da “libertação” de Munique pelas tropas norte-americanas no final da II Guerra Mundial e do suicídio de Adolf Hitler, no mesmo dia, num ‘bunker’ em Berlim.

Veteranos norte-americanos e sobreviventes do Holocausto vão juntar-se a líderes políticos para uma cerimónia solene no novo museu, um moderno cubo branco construído entre os poucos edifícios neoclássicos sobreviventes, naquele que era o centro organizacional dos Nazis.

O diretor do museu, Winfried Nerdinger, admitiu que Munique levou muito tempo a enfrentar o tóxico legado de ter sido o local de nascimento do partido de Hitler. “Munique tem mais dificuldades com isto do que qualquer outra cidade alemã porque ficou também mais manchada que qualquer outra cidade”, disse.

Nerdinger explicou que o objetivo do “Centro de Documentação da História do Nacional-Socialismo” é perceber como Munique, que se orgulhava de ser um centro de tolerância, com um ambiente artístico em ebulição, pôde assistir a uma tal perversão do seu espírito cívico.

O museu de quarto andares oferece textos explicativos em inglês e alemão, fotografias de época, vídeos que documentam marchas militares e a destruição da cidade após o bombardeamento dos Aliados. Nerdinger frisou que foi evitada a exibição de uniformes ou enormes bandeiras com suásticas, já que não tinha qualquer desejo de promover a “estética” nazi.

Os visitantes podem, em vez disso, encontrar artefactos como um soneto rabiscado à mão pelo membro da resistência Albrecht Haushofer, que foi executado pouco antes de a guerra acabar – as manchas de sangue ainda são visíveis no papel.

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