A taxa de participação nas eleições autonómicas da Catalunha, que se realizam este domingo, era de 34,78% até às 13h00 (12h00 de Lisboa), 5,35 pontos acima das mesmas eleições para o parlamento regional em novembro de 2012. À mesma hora nas eleições de 2012 a participação era de 29,43%, de acordo com a página oficial da Generalitat (Governo regional da Catalunha). Está a ser uma participação histórica nas eleições da Catalunha, sublinham os jornais espanhóis, como o El País.
O aumento é generalizado em toda a Catalunha, mas está a ser ligeiramente superior nas zonas que menos apoio mostraram, há três anos, aos partidos independentistas, escreve o mesmo jornal.
A conselheira de Governação da Generalitat, Meritxell Borràs, dará uma conferência de imprensa ao início da tarde para explicar os primeiros dados de participação nas eleições, bem como dar conta de eventuais problemas registados nas assembleias de voto.
Quase 5,5 milhões de eleitores catalães vão este domingo às urnas para escolher os deputados ao parlamento regional da Catalunha, numas eleições autonómicas convertidas pelos partidos independentistas num “referendo de facto” sobre a independência ou não da região.
Em teoria, os catalães apenas vão escolher este domingo – numas eleições antecipadas em cerca de 13 meses pelo atual presidente e líder da principal fação independentista, Artur Mas – a composição do novo Governo regional.
No entanto, a plataforma Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) – que junta o partido de Artur Mas, a Convergencia Democratica de Catalunya (CDC), a Esquerra Republicana Catalana (ERC) e vários movimentos cívicos – considera que as eleições constituem um “plebiscito” sobre a independência da região.
Os dirigentes da Junts afirmam que, caso obtenham a maioria absoluta no parlamento (pelo menos 68 deputados regionais) inicia um processo de negociações com Espanha, a União Europeia e os Estados-membros com vista à independência da Catalunha, no prazo de 18 meses. As outras forças políticas, com exceção da esquerda radical CUP, estão contra esta via.
Os partidos que não apoiam o “sim” à independência estão a contar com uma maior taxa de participação dos catalães para que os independentistas não obtenham uma maioria absoluta.