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Os dados são do Ministério da Educação, a ordenação é nossa. Como é habitual, o Observador e a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) ordenaram as escolas portuguesas, com base em diversos critérios, para chegar a diferentes rankings — uma arrumação que a tutela não faz. Embora haja vários rankings a serem publicados na imprensa, eles não são necessariamente iguais. No Observador, por exemplo, um dos critérios é haver um número mínimo de provas feitas por escola. Num ranking em que isso não seja levado em conta, os resultados podem ser diferentes.

Por outro lado, é importante perceber que estes rankings não servem para dizer se uma escola é melhor que outra, já que são essencialmente as notas dos alunos — que podem ser obtidas graças à escola ou com ajuda externa — que permitem a ordenação.

Dito isto, resta explicar como o Observador e a Nova SBE usaram os dados do Ministério da Educação e que critérios foram escolhidos para ordenar as escolas.

Quantos rankings são? E de que tipo?

Ao consultar a tabela do Observador, clicando nos diversos botões, encontra quatro rankings diferentes, dois para o 9.º ano e outros dois para o secundário. Eles dividem-se em dois tipos: os rankings clássicos — escolas ordenadas pela média obtida pelos alunos nas provas nacionais — e os rankings organizados pela equidade.

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O que é isso da equidade?

O indicador Equidade olha apenas para os alunos que têm Ação Social Escolar (ASE), ou seja, aqueles que por motivos económicos têm apoios do Estado. O que analisa? Se terminaram o ensino secundário no tempo esperado. Além disso, compara a média obtida por esse grupo de alunos ASE de uma escola com a média nacional para alunos ASE que tenham um nível anterior semelhante.

Este indicador só está disponível para os agrupamentos de escolas públicas de Portugal Continental.

E os rankings clássicos?

Há vários anos que o Ministério da Educação divulga os resultados obtidos pelos alunos nas provas nacionais, muito antes de ter começado a divulgar outros indicadores — é por isso, por serem os tradicionais, que lhes chamamos rankings clássicos.

Calculam-se de uma forma simples: é a média das notas obtidas pelos alunos nos exames nacionais que determina o lugar de cada escola na tabela.

Estão aqui todas as escolas de Portugal?

Não. O número de exames feito em cada escola determina se ela entra, ou não, no ranking. Tanto para as escolas do 3.º ciclo como no ensino secundário, esse valor mínimo é de 20 provas.

E os alunos? Só entram alguns?

Sim. A primeira triagem implica que só entrem alunos internos do ensino regular. No ranking do 9.º ano, consideramos os alunos que realizaram provas nacionais de Português e Matemática, na primeira fase de exames. No ranking do secundário foram considerados os exames dos alunos para os quais existe associada nota interna na disciplina.

Os únicos dados são as notas dos alunos?

Não. Na tabela, clicando em cada escola (apenas nas públicas do continente) pode encontrar diversos dados de contexto sócio-económico dos alunos desse agrupamento. Por exemplo, a percentagem de estudantes com ação social escolar (ASE) — o apoio que o Estado dá a alunos carenciados —, a habilitação académica das mães e dos pais, a percentagem de professores no quadro e as taxas de retenção, entre outros.

Então, o que posso pesquisar?

Poderá fazer uma pesquisa pelo nome da escola, por concelho, por tipologia (pública ou privada) e ainda por disciplina. Se não fizer qualquer pesquisa, é-lhe apresentada uma lista completa com todas as escolas, onde pode ver em que posição está cada uma delas no ranking, em que concelho se insere, se é pública ou privada e qual a média que obteve nos exames nacionais.

Clicando em cima do nome da escola surge uma ficha com toda a informação disponível e, no caso das escolas públicas do continente, terá também acesso a dados de contexto do agrupamento a que cada uma pertence (percentagem de alunos com ação social escolar, de chumbos, de professores dos quadros e média de anos de escolaridade dos pais).