Prémio “Vichyssoise”: Paulo Portas
O ex-ex-líder (já vai no segundo sucessor) trouxe a vichyssoise para a política portuguesa num episódio célebre: quando Paulo Portas era diretor do Independente, uma fonte tinha-lhe contado pormenores de um jantar de juristas no Palácio de Belém mas, quando se preparava para escrever a notícia, percebeu que era tudo mentira. A fonte fora Marcelo Rebelo de Sousa e Portas vingou-se contando tudo num programa de Herman José. Agora, quem teve de provar a sopa fria da vingança foi Paulo Portas. Manuel Monteiro, que saiu do CDS incompatibilizado com Portas, vê ser eleito líder Francisco Rodrigues dos Santos — que teve o seu apoio e que aprova sem hesitações o seu regresso ao partido. Glup!
“Vichyssoise” é o programa semanal de política da Rádio Observador e o seu título inspirou-se, claro, em Paulo Portas.
Prémio “Pop Up”: António Lobo Xavier
Apareceu e desapareceu logo a seguir. António Lobo Xavier passou de raspão no Congresso do CDS: chegou, declarou o seu apoio a Francisco Rodrigues dos Santos e eclipsou-se outra vez — como aquelas lojas pop up que só ficam abertas durante uns dias.
“Pop Up” é o nome do programa semanal da Rádio Observador sobre cultura pop.
Prémio “A App da Vizinha”: João Almeida
Se a app da vizinha é melhor do que a minha, e se a galinha também, o que dizer da candidatura à liderança? Há uns anos, João Almeida passou de líder da JP para dirigente do CDS e, agora, Francisco Rodrigues dos Santos, o candidato que sai da Juventude Popular — a estrutura autónoma que é vizinha do CDS — vence-o em Congresso.
“A App da Vizinha” é uma rubrica semanal da Rádio Observador sobre novas tecnologias
Prémio “Isto não passa na rádio”: José Ângelo da Costa Pinto
Houve uma quarta moção que foi a votos na madrugada de sábado, além das de Francisco Rodrigues dos Santos, João Almeida e Filipe Lobo D’Ávila. Chamava-se “As pessoas primeiro”, mas foram apenas três as pessoas que a colocaram em primeiro lugar. O seu autor, José Ângelo da Costa Pinto, acabou com apenas 0,02% dos votos. As referências a ele na cobertura especial da Rádio Observador sobre o Congresso foram, compreensivelmente, escassas.
“Isto não passa na rádio” é um programa semanal sobre as histórias das melhores músicas que normalmente não ouvimos nas rádios.
Prémio “Sob Escuta”: Francisco Rodrigues dos Santos
Nos próximos dias e semanas, cada frase que disser será analisada à lupa por todos, à procura de pistas para o que aí vem. Se os adversários já estão à escuta, em busca de passos em falso, os eleitores vão também ficar atentos a um presidente eleito que disse durante este Congresso que quer dispensar a comunicação social na relação com as pessoas e que, sem estar no Parlamento, vai tentar fazer “das ruas de cada concelho” o seu escritório. Francisco Rodrigues dos Santos vai querer a atenção mediática para tentar recuperar a força eleitoral do CDS.
“Sob Escuta” é um programa semanal de grande entrevista da Rádio Observador.
Prémio “Contra Corrente”: Filipe Lobo d’Ávila
Foi a oposição declarada dos anos Cristas e neste Congresso fez questão de lutar contra a bipolarização entre Francisco Rodrigues dos Santos e João Almeida. No sábado, subiu ao palco para afirmar que os que lhe continuavam a oferecer lugares para desistir de ir a votos “não o conhecem”. Torna-se agora primeiro vice-presidente da nova direção do CDS — mas dificilmente deixará de andar em contra-corrente.
“Contra-corrente” é uma rubrica diária de José Manuel Fernandes na Rádio Observador.
Prémio “E o Resto é História”: Assunção Cristas
Num breve discurso de despedida, admitiu ter “falhado o resultado”. E confessou que não esperava, neste momento, “reconhecimento”. Nem quis fazer a análise dos seus “erros”, arrumando o assunto com esta frase: “O tempo encarregar-se-á dessa análise detalhada”. Só faltou citar Fidel Castro, quando disse “A História me absolverá”.
“E o Resto é História” é um programa semanal sobre História com Rui Ramos e João Miguel Tavares.
Prémio “Jet Lag”: António Pires de Lima
Ficou conhecido como gestor, mas neste fim-de-semana António Pires de Lima falhou na gestão de sensibilidades no Parque de Exposições de Aveiro. Era uma das grandes apostas de João Almeida para entusiasmar o Congresso a seu favor, mas apareceu num fuso horário diferente daquele pelo qual se guiava o Congresso do CDS. A condição de “senador” de pouco lhe serviu quando fez um ataque feroz a Francisco Rodrigues dos Santos — e acabou apupado. Protagonizou o momento mais quente deste Congresso e levou Adolfo Mesquita Nunes a deixar o discurso no bolso e a sair em defesa do antigo ministro que “ajudou a tirar o país da bancarrota”.
“Jet Lag” é uma rubrica diária da Rádio Observador que conta as histórias mais interessantes um pouco por todo o mundo.
Prémio “Café Europa”: Nuno Melo
Voltou a não ser candidato, voltou a tentar influenciar as eleições com uma moção que marcasse a sua posição e voltou para Estrasburgo para continuar como eurodeputado. Deixou a apresentação da moção de estratégia global para Telmo Correia — o que motivou críticas de alguns dos seus delegados –, e horas depois retirou essa moção para declarar apoio a João Almeida (por entre elogios a Francisco Rodrigues dos Santos e a Filipe Lobo D’Ávila, numa tentativa de criar consensos). No embarque de regresso à Europa, anunciou a saída de todos os cargos partidários, passando de “general a soldado”.
“Café Europa” é um programa semanal de política europeia da Rádio Observador.
Prémio “Termómetro”: Pedro Morais Soares
Quem olhasse para os diretos televisivos durante este fim-de-semana podia julgar que estava a assistir a uma qualquer reportagem sobre o tempo frio. Militantes e repórteres encasacados, com cachecóis, mantas e outros acessórios a ajudarem a sobreviver durante longas horas no interior (que mais parecia o exterior) do Parque de Exposições de Aveiro, mais conhecido pelo carinhoso nome de “Pólo Norte”. Pedro Morais Soares, secretário-geral do CDS, tratou da organização deste Congresso que teve momentos de gelo político no palco e de gelo meteorológico na assistência.
“Termómetro” é uma rubrica da Radio Observador que diariamente marca o mais quente, o morno e o frio do mundo das celebridades.
Prémio “Nem tudo o que vai à rede é bola”: Hélder Amaral
Vê o seu Sporting perder, sai das televisões depois de o seu presidente Bruno de Carvalho cair no Sporting e, agora, vê o seu candidato João Almeida perder também.
“Nem tudo o que vai à rede é bola” é o programa semanal de desporto da Rádio Observador