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O futuro é SUVisticado

Há automóveis capazes de fazer virar cabeças. Outros são capazes de nos levar a lugares nunca antes conhecidos. O Seat ATECA é tudo isso e muito mais. Venha connosco e mude a perspetiva.

Desde Lisboa até à paisagem protegida do Douro, vamos passar pelas praias de Peniche e por alguns locais emblemáticos da região centro, antes de chegarmos ao Porto para um encontro com os ícones da cidade invicta. Esta parceria do Observador com o apoio da SEAT Portugal promete uma jornada de ação e aventura em três capítulos. Acompanhe por aqui este roteiro por alguns dos locais mais belos do país com o novo SEAT Ateca 2.0 TDi 4Drive. Vamos?

Novembro também pode ser praia

A manhã acordou com sol e céu limpo, deixando antever um belo dia de primavera… em novembro! À saída da garagem, um cão deitado no passeio levanta a cabeça e segue-nos com o olhar. Crianças a caminho da escola apontam para nós, parados no semáforo. Arrancamos mais alguns olhares indiscretos até sairmos da fila de trânsito, nada de anormal quando a maioria dos automóveis em Portugal é de cor preta ou cinzento-escuro. Poucos parecem ficar indiferentes ao brilho inebriante deste SEAT Ateca na cor Laranja Samoa, exclusiva do modelo.

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Deixámos o Parque das Nações, em Lisboa, ponto de partida do itinerário que nos havia de levar ao encontro das emoções do surf Atlântico, nas praias de Peniche. Seguimos pela A8 e quando atravessámos a região saloia já tínhamos boas notas de conforto e ergonomia ao volante do SEAT Ateca.

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Os bancos são envolventes e os comandos estão bem colocados ao alcance da mão. O desenho do painel de bordo não será estranho a quem já conduziu um SEAT Leon, mas a posição de condução mais elevada e o novo ecrã tátil de 8” fazem a diferença na perspetiva de quem vai ao volante.

O sistema de navegação é muito preciso, tem várias opções de visualização num interface muito fácil de utilizar e parece ter saído de um colégio britânico. Merece destaque, tanto pela elegância da voz-off como pelo discurso very polite: pede sempre “por favor” e diz “abandone a rotunda” em vez do mais frequente “saia da rotunda”. É apenas um pormenor mas contribui para transformar toda a experiência de navegação.

Em menos de 40 minutos chegámos ao IP6 que liga a A8 a Peniche, onde a temperatura acima dos 20ºC contrariava o clima cinzento que é habitual durante a manhã naquele ponto da costa, por vezes mesmo em dias de verão. Contornamos a cidade em direção a oeste pela Estrada Marginal Norte onde encontramos o campo de lapiás, as formações rochosas que ladeiam a costa, alinhadas entre a estrada e o mar, mais conhecidas como “pegadas de gigantes”.

Há uma sensação que tenho quando olho para oeste. A frase é a entrada de Stairway to Heaven, o clássico de Led Zeppelin que inunda o interior do Ateca com som envolvente e graves profundos, garantidos por um sub-woofer instalado de forma engenhosa: está alojado no espaço interior da roda de emergência, sob o piso da bagageira. Chegámos ao Cabo Carvoeiro, o ponto mais ocidental da península de Peniche e da costa continental portuguesa a norte do Cabo da Roca.

Esta versão é a mais potente da gama, equipada com o motor 2.0 TDi common rail de 190 CV e caixa automática DSG de 7 velocidades com patilhas no volante.

A paisagem é marcada pelo farol de 25 metros de altura e pela pequena capela de Nossa Senhora dos Remédios, rica em azulejaria do século XVIII. Lá em baixo no mar, junto à falésia, a Pedra da Nau, também conhecida como Nau dos Corvos, que também empresta o nome ao restaurante panorâmico ali situado. Ao longe, com a atmosfera limpa, conseguimos observar o arquipélago das Berlengas, a primeira área a ser declarada protegida em Portugal, por D. Afonso V, em 1465. A Berlenga Grande, as Estelas e os Farilhões estão classificadas como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO desde 2011.

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Com a GoPro instalada voltamos a percorrer a marginal até à cidade enquanto avaliamos o conforto e a dinâmica do Ateca num traçado com algumas curvas rápidas e piso irregular, em ritmo mais vigoroso. Esta versão é a mais potente da gama, equipada com o motor 2.0 TDi common rail de 190 CV e caixa automática DSG de 7 velocidades com patilhas no volante.

O sistema 4Drive de tração integral permanente e as jantes de 19” conjugadas com a suspensão firme resultam num comportamento em curva excecional, tendo em conta tratar-se de um SUV. Mas a este assunto voltaremos nos próximos capítulos.

À entrada da Avenida da Praia, a estrada que conduz ao Baleal, encontra-se agora o edifício Rip Curl, a nova loja da marca australiana que foi recentemente inaugurada, testemunho da importância da economia do surf na região. Com vento favorável o Ateca parece deslizar sem atrito e o ambiente a bordo é tranquilo, graças a uma insonorização bem conseguida. Apenas em ritmos elevados o motor se faz ouvir no interior, tal como alguns silvos aerodinâmicos provocados pelo perfil das barras no tejadilho.

Entramos no largo que há décadas era apenas terra batida e hoje é parque de estacionamento, dando acesso à “ilha” do outro lado da praia, pela via estreita construída sobre o areal. À entrada da praia, no lado direito está o Prainha, o mais antigo restaurante na zona, conhecido como Amigos do Baleal, hoje entregue à terceira geração da família que o criou em 1961.

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No lado esquerdo encontra-se o Algamar, com uma ementa variada e acessível, onde o slogan da casa Fun, Sea & Sun é usado para decorar réplicas de automóveis clássicos como o Carocha, a Pão de Forma ou a R4, mealheiros em louça pintada à mão com inspiração surfista. Nota-se, aliás, que a oferta em termos de restauração e serviços de apoio tem aumentado com a crescente popularidade da zona nos circuitos internacionais de surf.

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Ilustração de Andreia Costa

No fim do caminho, ao chegar à ilha, a Taberna do Ganhão é outro dos locais recomendados para a refeição ou apenas para tapear enquanto aprecia a paisagem. Nesta zona, seja no Baleal ou na cidade, peixe fresco e marisco estão sempre no topo dos menus: sopa de peixe, arroz de marisco, açorda de camarão e o famoso polvo, preparado de tantas maneiras que já só deve faltar um polvo “free style”.

Com a memória da super lua, ainda no ar, e a noção de que novembro é o mês das grandes ondas, aguçamos expectativas para a Praia de Supertubos. Mas a falta de swell deixou o areal vazio e os poucos surfistas no local nem tiravam a prancha do carro, restando-lhes apreciar a paisagem.

Nós fizémos o mesmo e depois de mais algumas fotografias seguimos para o Molhe Leste onde, ao atravessar um terreno baldio com o SEAT Ateca em modo off-road, deparámos com um acampamento formado por dois veículos transformados em caravanas.

O mais surpreendente era um Land Cruiser BJ46 quase irreconhecível dado o volume da carroçaria. Por instantes aquele cenário fez-nos sentir como se estivéssemos a chegar ao passado num automóvel do futuro. O novo SUV da Seat apresenta formas fluidas, com linhas equilibradas, incorporando soluções tecnológicas de vanguarda que lhe devem permitir envelhecer bem neste segmento tão concorrido.

O destino é a viajem

Comodamente instalado, a absorver o sol numa espreguiçadeira improvisada ao lado do jipe-caravana, estava o seu proprietário e viajante a tempo inteiro, Peter Dewit. Um técnico de motores Diesel, belga, que escolheu viajar e descobrir o mundo como forma de vida. Criou um filho na estrada e está a acompanhar a terceira geração através do neto que, em pouco tempo de vida, já viajou mais do que muitos da sua idade. Chegaram da Bélgica em setembro e não têm data de partida. No ano passado ficaram quatro meses.

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O patriarca do clã Dewit, com 65 anos de idade, passou pela primeira vez em Portugal no ano de 1974. Disse-nos que sentiu os efeitos da Revolução de abril nas ruas quando cá chegou, proveniente da Cidade do Cabo, na África do Sul.

Nessa altura ainda trabalhava e fazia grandes viagens sempre que podia. Agora está a completar 17 anos de aventura na estrada, sempre com o mesmo veículo, que já percorreu mais de 750 000 km. Foi ele quem transformou o velhinho BJ46 em 1979, e em 2002 construiu um novo, com motor mais potente para oferecer ao filho.

Já fez estadas de um ano na Austrália em três ocasiões, cruzou a África de norte a sul várias vezes, incluindo pistas do antigo Paris-Dakar, acampou no Alaska, Terra do Fogo e também já esteve na Indonésia e na Índia. Sempre de carro, replicando tudo quanto é possível numa espécie de caravana que é uma casa móvel e autossuficiente, com reservas de água e painéis solares.

“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”.
Lee Dewit

Quanto à opção por este estilo de vida, Peter parece-nos o homem mais feliz do mundo quando afirma que “o melhor é estarmos sempre juntos, somos pais e avós, somos professores, cozinhamos, fazemos todas as rotinas em família, como se estivéssemos em casa”. A única diferença está nas rodas e no motor.

Nesta altura juntou-se à conversa o filho de Paul, Lee Dewit, de 36 anos, que chegou da praia com o pequeno Nullah, fruto da união com a sua mulher que é natural das Filipinas. O mais jovem do clã vai crescendo na estrada e, mesmo quando regressam a casa, na vila de Erps-Kwerps, nos arredores de Bruxelas, Nullah prefere sempre dormir no carro, estacionado na propriedade da família.

Lee é um especialista certificado em metais e pedras preciosas, que presta serviços de avaliação para diversos clientes com projetos em diferentes partes do mundo. “Quando tenho algum projeto desloco-me. Portanto continuo sempre a viajar, afinal posso fazer isto em qualquer parte do mundo” disse-nos Lee com um sorriso franco que evoca o pensamento de Confúcio: “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”.

No melhor de Portugal, Lee Dewit apontou as praias e o surf, a riqueza cultural e a diversidade da paisagem. Ela muda a cada 100 km e isso significa pouco tempo a bordo do Ateca 4Drive. Quando lhe pedimos opinião, a cor laranja e o design exterior cativaram elogios mas, para quem vive em viagem, uma caravana ainda é a melhor opção. Talvez como viatura de apoio? Despedimo-nos com um retrato de três gerações e voltámos à Praia do Baleal onde esperávamos encontrar mais surfistas na água, e um entardecer mais intenso até ao pôr do sol.

Um amor transcontinental

Chegamos ao parque de estacionamento com a Interstate Love Song dos Stone Temple Pilots no estéreo e vemos uma VW Transporter com o portão traseiro aberto, um estendal improvisado com uma toalha e dois fatos de neoprene pendurados em cabides. Lá dentro, um casal multinacional que veio para ficar 15 dias e explorar o país de norte a sul.

Johanna é alemã e, aos 28 anos, está a concluir a especialização em Pediatria. Ela viveu em Lisboa durante um ano, em 2010, como parte do programa Erasmus e foi durante um estágio na Nova Zelândia que conheceu o seu kiwi, a alcunha dos neozelandeses, por analogia com a pequena ave que não voa.

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Thomas Davies, de 26 anos, com quase dois metros de altura podia ter sido estrela de basquetebol. Nasceu na África do Sul, de onde saiu aos 12 anos de idade quando os pais emigraram para a Nova Zelândia. Formado em Design Industrial trabalha há um ano numa empresa de equipamentos de windsurf e kitesurf, sediada na Alemanha.

Confessa que veio atrás da namorada até Colónia, onde vivem, porque “é mais fácil um designer mudar de país do que um médico”. Planeiam regressar à Nova Zelândia para ficar. Vieram de avião e alugaram uma VW Transporter, foram de Lisboa ao Porto e desceram pelo interior passando pela Serra da Estrela, rumando em seguida a Peniche.

Ao longe, com a atmosfera limpa, conseguimos observar o arquipélago das Berlengas, a primeira área a ser declarada protegida em Portugal, por D. Afonso V, em 1465.

Pelo caminho sentiram-se observados em alguns locais menos habituados a presença de turistas. Thomas dá-nos uma panorâmica interessante das diferenças entre os dois hemisférios, sul e norte. Tendo a oportunidade de conhecer bem a Europa, ele consegue afirmar que tudo lhe parece mais velho, as pessoas são mais conservadoras e fechadas, mais frias. “É como se houvesse uma barreira que, depois de ultrapassada, torna tudo mais fácil e as pessoas acabam por se revelar hospitaleiras. Mas na África do Sul, na Austrália ou na Nova Zelândia somos mais abertos, um turista é alguém que queremos ter na nossa cidade. Na Europa, por vezes, parece que perguntam “o que é que estás a fazer na minha cidade?””

O best of do par romântico incluiu o pôr do sol, a praia e o nevoeiro matinal. Ela diz que “o café português é o melhor do mundo” e ele entrega a taça ao marisco fresco porque “estava habituado a sair para pescar na Nova Zelândia e, na Alemanha, só pescamos na arca congeladora.” Johanna e Thomas, um amor à distância durante dois anos, alimentado por Skype, viagens rápidas e cartas old school escritas à mão.

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A experiência de ter na mão um papel escrito pelo outro, a milhares de quilómetros e quatro semanas antes, soa a poesia nesta era digital e instantânea. “É como se tudo durasse mais tempo na memória, fica connosco e podemos reler quando quisermos” remata a jovem médica alemã.

O sol estava a desaparecer detrás de um colosso de nuvens negras quando estacionámos na ilha do Baleal. Com a silhueta das Berlengas ainda no horizonte arrumámos o SEAT Ateca 4Drive na sua última paragem daquele dia.

O parque de estacionamento, ali junto ao mar com a rebentação à vista, pareceu-nos ainda perfeito para demonstrar a eficácia da câmara 360º em termos de visibilidade, com pouca luz exterior. A qualidade das objetivas permite ver sempre os ângulos de entrada laterais, essencial no caso de obstáculos num trilho, assim como toda a panorâmica dianteira e traseira do Ateca. A propósito, depois da experiência com o Exeo, a Seat retoma a aposta na designação dos seus modelos com o nome de localidades espanholas. Ateca é uma vila, com cerca de dois mil habitantes, nas proximidades de Saragoça.

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No próximo capítulo vamos visitar algumas das pérolas da Região Centro, tantas vezes esquecida nos planos de férias ou naquela escapadinha de curta duração. Vamos ao Luso beber água e percorrer os trilhos da Mata do Bussaco a ver se descobrimos porque razão é assinalado, em tantas placas, com “C” cedilhado. Ao final da tarde já estaremos no Caramulo a viajar no tempo, dentro do Museu, enquanto digerimos um cabrito assado em forno a lenha. Portanto, muita água e terreno lavrado para mais ação e movimento com o novo SEAT Ateca 4Drive.

Se pensa que a vida já não lhe reserva surpresas, pense de novo.

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