O pneumologista Filipe Froes sugere uma “Operação Milhão” para garantir que os portugueses mais vulneráveis à Covid-19 podem passar o Natal em família, em segurança.

Em entrevista à CNN, Froes propôs “vacinar 125 mil pessoas por dia, durante oito dias”, totalizando um milhão.

“Se queremos salvar o Natal temos de fazer por isso”, comentou. O especialista sugere começar no primeiro dia de dezembro. “Acabávamos dia 8 de dezembro o ciclo da gravidade”, indica. Somando os 14 dias necessários para garantir a imunidade, tal significaria que no dia 22 de dezembro, a população com idade superior aos 65 anos, a mais vulnerável, estaria protegida, a tempo da época festiva.

“As vacinas funcionam e são a solução (…) Se soubermos alargar e acelerar a vacinação, estamos em condições de dizer que este será o último outono/inverno da pandemia”, afirmou.

Quanto a um alargamento dos grupos etários a receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19, Filipe Froes defende que só deve acontecer depois deste grupo estar inoculado. “Neste momento esforço de vacinar toda a população com mais de 65 anos é muito grande e não vale a pena dispersar”, disse.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, deu esta segunda-feira positivo ao novo coronavirus, informou o governo de Paris, adiantando que o chefe do Executivo já estava em isolamento, devido a uma das filhas estar infetada.

Ao regressar, ao início da tarde desta segunda-feira, da Bélgica, onde se reuniu com o seu homólogo Alexander De Croo, Castex soube que uma das suas filhas, de 11 anos, tinha testado positiva.

De imediato, “fez um teste PCR, que resultou positivo”, avançaram os seus serviços, em Matignon, à AFP.

A sua agenda “vai ser gerida nos próximos dias para que possa continuar as suas atividades, apesar de se manter em isolamento”, durante 10 dias, acrescentaram aquelas fontes.

Castex, com 56 anos, recebeu duas doses da vacina na primavera, nunca tinha testado positivo, apesar de já ter estado em contacto com casos positivos por três vezes.

Antes dele, o presidente francês, Emmanuel Macron, testou positivo em dezembro de 2020.

Centenas de manifestantes percorreram esta segunda-feira as ruas de Praga em protesto contra as restrições a não vacinados, aplicadas pelo Governo da República Checa em resposta ao aumento generalizado de casos de Covid-19 neste país da União Europeia.

Com vários cartazes com as palavras “traidores” e fotos de políticos e autoridades da República Checa, onde se incluíam o primeiro-ministro Andrej Babis, o ministro da Saúde Adam Vojtech ou importantes epidemiologistas, o protesto foi pacífico, ao contrário das recentes manifestações nos Países Baixos e na Bélgica.

Restrições a não-vacinados na República Checa motivam protestos em Praga

A palavra de ordem foi “liberdade” aos não vacinados, numa rejeição do apelo do Governo para aumentar o número de vacinados naquele país, noticia a agência AP.

O número de manifestantes foi inferior a uma manifestação semelhante ocorrida na semana passada.

A República Checa implementou novas restrições para lidar com o aumento de infeções por Covid-19, que entraram em vigor na segunda-feira, visando acima de tudo não vacinados.

O autarca divulgou hoje que o maior centro de vacinação do país vai abrir portas no dia 1 de dezembro, na FIL (Feira Internacional de Lisboa).

“Dia 1 de dezembro vamos lançar o maior centro de vacinação do país, na FIL, onde vamos ter a capacidade de duplicar o número de vacinas que damos hoje por dia”, afirmou Carlos Moedas, na cerimónia de inauguração da CNN Portugal.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa revelou ainda: “O número de utentes vai chegar mais ou menos aos seis mil, que é o dobro da capacidade que temos hoje.”

António Costa revelou hoje que o coronel Penha-Gonçalves, sucessor de Gouveia e Melo, vai apresentar amanhã “cenários para intensificar o ritmo da vacinação.”

Costa falava aos jornalistas na cerimónia de inauguração da CNN Portugal, tendo referido que o objetivo da task force está em “assegurar a vacinação daqueles grupos que estão definidos como alvos.”

O primeiro-ministro aproveitou ainda para apelar, uma vez mais, à vacinação contra a Covid-19. “A grande arma que temos contra o covid é a vacinação”, concluiu.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defendeu hoje a atribuição de responsabilidades aos centros de saúde no processo de vacinação, criticando a manutenção da dinâmica atual que onera as autarquias.

Em declarações no final da reunião quinzenal da autarquia do distrito do Porto, o autarca do PS defendeu ser altura de se começar a “falar menos de centros de vacinação e mais em centros de saúde”.

“Há que começar a abrir os centros de saúde, de facto, e colocar lá uma resposta de vacinação, porque, sobretudo nesta altura, a vacinação não pode ocorrer em cima das câmaras municipais, com tudo o que implica de despesas brutais para as autarquias, até na contratação de enfermeiros”, acrescentou.

A Madeira registou esta segunda-feira mais duas mortes por Covid-19, elevando para 91 o total de óbitos associados à doença, e tem mais 70 casos e 544 situações ativas, informaram as autoridades de saúde da região.

Uma nota divulgada pelo gabinete do secretário regional da Saúde e Proteção Civil do arquipélago refere que as vítimas mortais do novo coronavírus são duas mulheres, com 61 e 79 anos, com comorbilidades associadas à doença, que morreram no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Encontram-se 59 internadas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, das quais seis nos cuidados intensivos

O Presidente da República sublinhou hoje a importância de acelerar a administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19.

“Tem de se reforçar a vacinação, porque se percebe que mais vale garantir a vacinação rápida daqueles que são mais vulneráveis, do que eles estarem a perder anticorpos e resistência”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, ressalvando que Portugal “é um dos países que está mais avançado no reforço da vacina Covid” e que basta “acelerar aquilo que já estava em marcha”.

À margem de uma conferência no ISCTE, o chefe de Estado reconheceu que Portugal enfrenta o desafio de gerir “duas frentes ao mesmo tempo”: o reforço da vacinação Covid, e a recuperação “dos problemas de saúde que ficaram afetados, congelados, atrasados, prejudicados durante mais de um ano e meio”.

Marcelo Rebelo de Sousa afastou hoje a possibilidade de Portugal voltar a um confinamento geral.

O Presidente da República considera que a atual situação epidémica do país não justifica medidas dessa magnitude: “Neste momento [a situação de Portugal] não tem paralelo, não tem comparação com a situação da Alemanha, não tem sequer paralelo com a situação que havia quando eu terminei o estado de emergência. E, portanto, não entremos naquilo que às vezes são os portugueses, que é o 8 ou 80. Entre o 8 e o 80, há nove, há dez, há 15, há 20, há 30, há 40”, disse à margem de uma conferência no ISCTE.

“Não faz sentido neste momento estar a falar em 80, quando a situação não aponta para isso neste momento”, sublinhou.

Portugal é o sétimo país da União Europeia com o menor número de mortes e de novos casos diários de infeção por SARS-CoV-2 por milhão de habitantes, segundo o site estatístico Our World in Data.

Desde a semana passada, a situação epidemiológica piorou ligeiramente e o país apresenta agora uma média diária de 208 casos, contra a anterior de 140 casos, passando de sexto para sétimo país da UE com menos novos casos.

Com situação melhor estão apenas a Finlândia (198), Itália (155), Roménia (152), Malta (141), Espanha (102) e Suécia (88).

Em novos casos, Portugal mantém-se abaixo da média europeia de 442 e bem longe dos países com mais novos casos diários de infeção por milhão de habitantes na última semana, uma lista liderada pela Eslováquia, com uma média de 1.810 casos, seguida pela Eslovénia com 1.550, Áustria com 1.530, República Checa com 1.400 e os Países Baixos com 1.230.

Estes estados-membros encabeçam também a lista dos cinco países com maior média de novos casos diários na última semana no mundo, situando-se a média mundial nos 69 casos.

Moçambique registou duas mortes e 35 casos de Covid-19 durante a última semana, de acordo com os dados do Ministério da Saúde tratados pela Lusa.

Os números oficiais dos últimos sete dias indicam que o país está numa fase de reduzida transmissão do vírus SARS-CoV-2 em todas as províncias.

Na última semana, em comparação com terça-feira, dia 16, passou a haver menos quatro pessoas internadas, mais 57 recuperados da doença e menos 24 casos ativos, que passam a totalizar 90.

Moçambique tem esta segunda-feira um total acumulado de 1.938 mortes e 151.492 casos de covid-19, 98% dos quais recuperados da doença.