O Ministério da Saúde do Líbano denunciou uma incursão israelita na localidade de al-Mansouri. Uma jovem de 18 anos ficou ferida, segundo noticiou a agência estatal libanesa, citada pela Al Jazeera.

O primeiro-ministro israelita deverá discursar em setembro na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Segundo o Haaretz, Benjamin Netanyahu chegará a Nova Iorque a 24 de setembro e falará durante a sessão de 26 ou 27 de setembro.

Um porta-voz do Hamas reiterou que o grupo só irá aceitar o acordo de cessar-fogo como foi anunciado pelo Presidente norte-americano em maio. “Só vamos concordar com a implementação da proposta de Biden, que aceitámos há vários meses”, sublinhou Osama Hamdan em declarações à Al Jazeera.

“Os israelitas recuaram em alguns aspetos incluídos na proposta de Biden. A conversa de Netanyahu sobre concordar com uma proposta atualizada indica que a administração norte-americana fracassou em convencê-lo a aceitar o acordo anterior”, acrescentou.

As declarações do porta-voz surgem depois do secretário de Estado norte-americano ter anunciado que o primeiro-ministro israelita aceitou a proposta de cessar-fogo promovida por Washington. Para Hamdan, os EUA “estão apenas a ganhar tempo para Israel continuar o seu genocídio” na Faixa de Gaza.

O porta-voz do Hamas também falou à Reuters, afirmando que o facto de Netanyahu ter concordado com a proposta levanta muitas questões. “Não é o que nos foi apresentado e não é o que aceitámos”, disse. Hamdan explicou ainda que o Hamas transmitiu aos mediadores que não é preciso uma nova negociação para cessar-fogo, mas chegar a acordo sobre um mecanismo de implementação.

São esperadas milhares de pessoas esta tarde em Chicago, para uma marcha organizada por mais de 200 grupos, horas antes do início da Convenção do Partido Democrata. Os manifestantes reúnem-se para protestar contra o apoio da Casa Branca a Israel e exigir que, com a mudança de candidato democrata, chegue uma mudança de medidas.

Um dos delegados, do Wisconsin, que votou em Kamala Harris para candidata democrata, recusa agora votar nela para Presidente. “Não posso votar nela com o vazio de um política real de embargo de armas a Israel e um cessar-fogo real, declarou Roman Fritz, à Reuters, utilizando um camisola em que se pode ler “delegado do cessar-fogo”.

O exército israelita disparou esta noite contra um depósito de armas do grupo xiita libanês Hezbollah, no Líbano. A notícia é avançada pela agência Reuters, que cita duas fontes com conhecimento do ataque.

As mesmas fontes adiantaram que não há registo de mortos ou feridos.

Depois de uma reunião de três horas com o secretário de Estado norte-americano, o primeiro-ministro israelita publicou um comunicado a apoiar a proposta de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns apresentada pelo Presidente dos EUA em maio.

“O primeiro-ministro reiterou o compromisso de Israel com a atual proposta americana sobre a libertação dos nossos reféns, que tem em consideração as necessidades de segurança de Israel”, sublinha o gabinete de Benjamin Netanyahu no comunicado emitido esta tarde em hebraico e em inglês, que é citado pelo Times of Israel.

Numa conferência de imprensa esta tarde, o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, já tinha confirmado que Netanyahu aceitou a proposta de cessar-fogo.

O secretário de Estado norte-americano revelou que o primeiro-ministro israelita aceitou a proposta para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e libertação de reféns. Benjamin Netanyahu também concordou enviar uma delegação para o Qatar ou Egito — onde têm decorrido as negociações — para tentar concluir o processo. O anúncio foi feito durante uma conferência de imprensa em Israel, nesta que é a nona visita de Anthony Blinken à região desde o início da guerra.

“Numa reunião muito construtiva com o primeiro-ministro Netanyahu, esta segunda-feira, ele confirmou-me que Israel aceita a proposta, que a apoia. Agora cabe ao Hamas fazer o mesmo”, sublinhou. “Depois disso, ambas as partes, com o apoio dos mediadores — os Estados Unidos, o Egito e o Qatar — têm de se reunir e finalizar o processo de entendimento sobre como implementar os compromissos que foram feitos sob este acordo”, acrescentou.

Blinken referia-se à proposta que foi apresentada em maio pelo Presidente norte-americano e incorporada numa resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Prevê várias fases para a cessação das hostilidades e a libertação dos reféns israelitas.

O secretário de Estado norte-americano descreveu esta proposta como a “melhor forma” de libertar os reféns e aliviar o sofrimento em Gaza, bem como impedir uma escalada do conflito e abrir um caminho para a construção de uma paz duradoura na região.

Questionado pelos jornalistas sobre a mensagem que deixa ao Hamas, Blinken respondeu: “Se realmente se importa com o povo palestiniano que de alguma forma diz representar, então deve aceitar esta proposta e trabalhar em entendimentos claros para a implementar.”

Antony Blinken alerta Presidente israelita que “pode ser a última oportunidade” para um acordo. Diana Soller acredita que “ou Israel aproveita esta oportunidade ou os EUA podem lavar as suas mãos”.

Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador

EUA encosta Israel à parede: “Pode ser um aviso”

O primeiro-ministro israelita garantiu ao secretário de Estado norte-americano que uma delegação de negociadores será enviada para o Cairo esta semana.

A informação foi avançada ao Times of Israel por uma fonte com conhecimento do encontro entre Benjamin Netanyahu e Anthony Blinken.

A equipa será liderada pelos líderes da Mossad, David Barnea, e do Shin Bet, Ronen Bar, e por Nitzan Alon, um responsável das Forças de Defesa de Israel. Os três estiveram na semana passada em Doha, no Qatar, para discutir um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O presidente da Autoridade Palestiniana prometeu visitar a Faixa de Gaza e já foi entregue um pedido nesse sentido ao gabinete do primeiro-ministro israelita.

Segundo o Times of Israel, que cita o Walla, no domingo foi enviado um pedido para que Mahmoud Abbas entre em Gaza a partir de Israel, não pela passagem de Rafah, a partir do Egito.

Três horas depois, o encontro entre o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu,e o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken terminou.

O líder de Israel classificou este encontro como “positivo” e conduzido com “bom espírito”, lê-se num comunicado do gabinete do chefe do executivo de Israel citado pela CNN.

“O primeiro-ministro reiterou o compromisso de Israel com a última proposta americana relativa à libertação dos nossos reféns tendo em conta as necessidades de segurança de Israel, as quais insiste com firmeza”, escreve o gabinete de Netanyahu.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reafirmou no seu encontro com o Presidente israelita, Isaac Herzog, a “necessidade urgente” de ser alcançado um acordo entre Israel e o Hamas.

[Já saiu o terceiro episódio de “Um Rei na Boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no YouTube. Também pode ouvir aqui o primeiro e o segundo episódio]

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, garante que Blinken aproveitou o encontro também para reafirmar o “compromisso de ferro” dos Estados Unidos com o apoio a Israel, mas lembrou que são necessários “esforços para baixar a escalada de tensões na região”.

Um soldado israelita de 45 anos morreu num ataque do Hezbollah com um drone, avançaram as forças armadas, citadas pelo Times of Israel.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla inglesa), foram lançados do Líbano cinco drones, sendo que três terão sido intercetados.

Um dos que não foi intercetado, chegou a uma base militar onde estava o soldado israelita. Alguns militares ficaram feridos na explosão.

O Hamas reivindicou a explosão de uma bomba em Telavive, que teve lugar no passado domingo, avançou o Hareetz.

O grupo organizado assumiu a responsabilidade num comunicado, detalha o Times of Israel, onde se lê que o ataque foi levado a cabo em conjunto com a Jihad Islâmica da Palestina.

No domingo, um bombista suicida fez-se explodir, ferindo uma pessoa que estava a passar na área. No comunicado do Hamas lê-se que irão surgir mais bombistas suicidas em Israel como forma de responder aos ataques que o apís em vindo a realizar.

Esta segunda-feira já a polícia israelita afirmava que se tinha tratado de uma tentativa de ato terrorista.

Desde outubro, já morreram 207 membros da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) em Gaza.

O ponto de situação foi feito por esta entidade na rede social X, a propósito do dia mundial da ajuda humanitária. “Eram engenheiros, professores, profissionais de saúde”, destaca a UNRWA.

207 @UNRWA team members have been killed in #Gaza since the war began – including in the line of duty.

They were engineers, teachers, medical staff. They were humanitarian workers. On #WorldHumanitarianDay and every day we remember and pay tribute to them all.#ActForHumanity pic.twitter.com/NsPA98am88

— UNRWA (@UNRWA) August 19, 2024

O Shin Bet, serviço de informações israelita, anunciou que considera que a explosão que teve lugar em Telavive na noite de domingo, matando uma pessoa, foi um ataque terrorista.

Os responsáveis estão a tentar identificar o homem que trazia a bomba numa mochila. O canal Kan avança que seria um palestiniano da Cisjordânia.

O Hezbollah libanês reivindicou hoje os ataques contra duas posições militares no norte de Israel e afirmou ter repelido uma infiltração de soldados israelitas perto da fronteira, no sul do Líbano.

O movimento libanês anunciou hoje que realizou um ataque aéreo com “drones carregados de explosivos” contra duas posições militares israelitas — um quartel perto da fronteira e uma base perto da cidade costeira do Acre, localizada a cerca de 15 quilómetros da fronteira.

Este ataque surge em resposta a um assassinato israelita na região de Tiro, sul do Líbano, segundo o grupo, que anunciou a morte de um dos seus combatentes no sábado