Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia.

    Este liveblog vai ser arquivado, mas já abrimos um novo para acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia ao longo deste sábado. Pode segui-lo aqui.

    Volyn, perto da Polónia, atacada com quatro mísseis. Rússia terá usado fósforo branco em Avdiivka

  • Ponto de situação às 0h de Lisboa, 2h de Kiev: o que aconteceu durante a noite

    Às 0h de Portugal continental, 2h de Kiev, este é um ponto de situação sobre a evolução da guerra nas últimas horas (pode reler o anterior aqui):

    • Através de uma mensagem gravada em vídeo, Zelensky voltou a falar aos cidadãos ucranianos. Defendeu desde logo a importância das negociações com a Rússia (“necessárias”, “importantes”, “urgentes” e “justas”), mas lembrando que a Ucrânia não vai ceder em duas condições: “A soberania ucraniana e a integridade territorial da Ucrânia têm de ser garantidas”. Zelensky alegou ainda que já morreram mais de 16 mil soldados russos desde o início da guerra que começou há 30 dias — uma estimativa que não foi até ao momento avançada por fontes independentes.
    • Ainda na sua mensagem ao país, difundida em vídeo, Zelensky avançou números sobre a retirada de civis ucranianos de cidades sitiadas ao longo dos últimos anos. Ao todo, apontou, 37.606 pessoas foram retiradas em corredores humanitários ao longo de esta semana. Destas, 26.477 foram retiradas de Mariupol (a cidade com uma crise humanitária mais aguda) e transportadas para Zaporíjia. Ainda assim, Zelensky acusou a Rússia de continuar a não permitir a entrada de ajuda humanitária em Mariupol.
    • O antigo ministro-adjunto da Administração Interna da Ucrânia Anton Gerashchenko, que é atualmente conselheiro do ministério, avançou esta sexta-feira à noite que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu — que não aparece em público há 14 dias —, terá sofrido um ataque cardíaco. Segundo Geraschenko, que partilhou esta informação no Facebook, o ministro russo ter-se-á sentido mal “após duras acusações de Vladimir Putin” devido ao “fracasso total da invasão da Ucrânia” e está hospitalizado com um nome falso: N. N. Burdenko. A informação não foi confirmada até ao momento por entidades independentes.
    • O primeiro-ministro português, António Costa, comentou nas últimas horas as declarações do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que sugeriu que Portugal não apoia inteiramente a candidatura de adesão à União Europeia da Ucrânia. Referindo não ter ouvido esse comentário, António Costa preferiu destacar que Portugal tem dado “todo o apoio à Ucrânia que é necessário”, tanto a nível humanitário (particularmente pelas suas políticas de acolhimento de refugiados ucranianos) como de envio de equipamento militar.

  • Nikolay não consegue medicamentos, Olga está sem ajuda da mãe e Dmitry teme a perseguição política. Como os russos vivem a guerra

    Há quem tenha perdido o emprego, quem não consiga medicamentos e mesmo quem tenha deixado o país com medo de ser preso. A guerra não virou só a vida dos ucranianos do avesso, mas também a dos russos.

    Nikolay não consegue medicamentos, Olga está sem ajuda da mãe e Larisa e Pavel temem a perseguição política. Como os russos vivem a guerra

  • Milhares em Varsóvia (Polónia) para manifestação de apoio à vizinha Ucrânia

    Em Varsóvia, capital da Polónia, milhares de pessoas juntaram-se esta sexta-feira para uma manifestação massiva de apoio à Ucrânia. Os vídeos não deixam qualquer dúvidas sobre a mobilização.

    Neste momento, o Presidente dos EUA, Joe Biden, está em visita oficial à Polónia, país vizinho da Ucrânia e membro da NATO, tendo reunido esta sexta-feira com alguns dos perto de 10 mil soldados norte-americanos ali destacados.

  • Ministro da Defesa russo, que não aparece em público há duas semanas, terá sofrido ataque cardíaco após acusações de Putin

    Um dos secretários do ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, informou hoje, na sua conta pessoal do Facebook, que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que não aparece em público há 14 dias, terá sofrido um ataque cardíaco.

    “É por isso que ele não aparece em público desde meados de março”, justificou Anton Gerashchenko, que indicou que o ministro se sentiu mal “após duras acusações de Vladimir Putin” pelo “fracasso total da invasão da Ucrânia”.

    De acordo com o secretário do ministério ucraniano, Sergei Shoigu está agora hospitalizado, mas com um nome falso: N. N. Burdenko.

    De recordar que a última vez que Sergei Shoigu foi visto em público foi a 11 de março. Ontem, terá aparecido numa reunião com Vladimir Putin, mas houve uma interferência suspeita que fez levantar as desconfianças sobre se se tratava de uma gravação.

    Ministro da Defesa russo terá reaparecido numa conversa com Putin, mas com uma interferência suspeita antes

  • "Era suposto conquistar o mundo, morreu nos escombros. Que culpa têm as crianças?": a morte da ginasta de 11 anos que abala Mariupol

    Katya Dyachenko não resistiu a um míssil russo que atingiu a sua casa e morreu aos 11 anos. Já tinha ganho títulos nacionais do seu escalão e era apontada como uma das promessas da ginástica rítmica.

    “Era suposto conquistar o mundo, morreu nos escombros. Que culpa têm as crianças?”: a morte da ginasta de 11 anos que abala Mariupol

  • "Inaceitável." Cartoons russos que provocam Ocidente originam incidente diplomático entre França e Rússia

    A embaixada russa em França publicou na sua conta do Twitter dois cartoons que ridicularizam a Europa. O ministério dos Negócios Estrangeiros francês não gostou e chamou embaixador russo.

    “Inaceitável.” Cartoons russos que provocam Ocidente originam incidente diplomático entre França e Rússia

  • Putin aprova lei que estende pena de prisão para quem partilha "notícias falsas" sobre oficiais russos no estrangeiro

    O Presidente russo Vladimir Putin aprovou formalmente uma nova lei que estende uma pena de prisão (que pode ir até um máximo de 15 anos) aplicada a um crime em particular: difusão e partilha de “notícias falsas” sobre o trabalho de oficiais russos no estrangeiro.

    A informação foi avançada pela agência estatal russa Interfax, noticia a Agência Reuters, e é a confirmação oficial de uma lei que impõe novas e acrescidas consequências penais para quem publicar ou partilhar informações que divirjam do discurso oficial do Kremlin sobre a “intervenção militar” (invasão e guerra) na Ucrânia.

    Trata-se de uma espécie de atualização a uma lei já aprovada no início do mês, agora expandida. Segundo um legislador russo citado pela Interfex, a atualização era necessária já que o anterior diploma não estaria a impedir o que o Kremlin chama de “fake news” sobre “embaixadas russas e outras organizações que funcionam no exterior”.

  • Zelensky quer negociar, mas avisa: "soberania" e "integridade territorial" da Ucrânia são linhas vermelhas

    Em vídeo, o líder da Ucrânia diz que 37 mil civis foram retirados de cidades sitiadas esta semana, 26 mil dos quais de Mariupol. Ainda provocou um ministro russo e elogiou a resistência à invasão.

    Zelensky quer negociar, mas avisa: “soberania” e “integridade territorial” da Ucrânia são linhas vermelhas

  • Ex-espião pró-Rússia Alexandre Guerreiro excluído do Centro de Investigação da Faculdade de Direito de Lisboa

    Com uma posição pró-Rússia, o ex-espião Alexandre Guerreiro foi excluído do Centro de Investigação de Direito Público da FDUL. Comentador da SIC Notícias esteve em Moscovo dez dias antes da invasão.

    Adiada discussão sobre integração de ex-espião pró-Rússia Alexandre Guerreiro no Centro de Investigação da Faculdade de Direito de Lisboa

  • Os rostos que marcaram a invasão da Ucrânia

    Entre atletas que pegaram em armas, soldados russos arrependidos e jornalistas mortos, há ainda espaço para quem procura trazer algum tipo de alegria no meio da guerra.

    Os rostos que marcaram a invasão da Ucrânia

  • Portugal concedeu 22.055 pedidos de proteção temporária até sexta-feira

    Portugal já aceitou 22.055 pedidos de proteção temporária de pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

    Portugal concedeu 22.055 pedidos de proteção temporária até sexta-feira

  • Costa responde a "avaliação" de Zelensky aos 27: Portugal tem dado "todo o apoio" à Ucrânia

    “A Bulgária está connosco, a Grécia acredito que também. A Alemanha está um pouco atrasada. Portugal, bem, quase. A Croácia está ao nosso lado”, afirmou Zelensky.

    Costa responde a “avaliação” de Zelensky aos 27: Portugal tem dado “todo o apoio” à Ucrânia

  • França, Turquia e Grécia vão efetuar "operação humanitária" de evacuação de Mariupol

    “Vamos, em conjunto com a Turquia e a Grécia, lançar uma operação humanitária para retirar todas aquelas e aqueles que desejarem sair de Mariupol”, declarou Macron no final de uma cimeira europeia.

    França, Turquia e Grécia vão efetuar “operação humanitária” de evacuação de Mariupol

  • Suíça alarga sanções à Rússia, mas não proíbe meios de comunicação russos

    A Suíça anunciou o reforço das sanções contra a Rússia, com mais restrições a exportações e interdição de financiamentos, mas não proíbe meios de comunicação ligados ao Governo russo.

    Suíça alarga sanções à Rússia, mas não proíbe meios de comunicação russos

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde no 30º dia de guerra

    Às 20h30 de Lisboa (22h30 de Kiev), este é o ponto de situação da guerra na Ucrânia, com os desenvolvimentos que ocorreram durante a tarde:

    • O principal objetivo militar e estratégico da Rússia pode ter mudado. Sergey Rudskoi, adjunto do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas do país, fez um balanço dos 30 dias da guerra na Ucrânia e apontou para o Donbass como nova prioridade estratégica do Kremlin — numa altura em que as forças russas ainda não conseguiram tomar Odessa e Kiev. Defendendo que “o potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi reduzido consideravelmente” nos últimos 30 dias, Rudskoi apontou: “Tal permite concentrar atenções em atingir o principal objetivo: a libertação de Donbass”. O Donbass era apenas um dos objetivos do Kremlin nesta guerra — outros eram, por exemplo, a “desnazificação e desmilitarização da Ucrânia”.
    • O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) fez uma atualização do número de baixas civis. Desde o início da guerra, que começou há 30 dias, já morreram mais de mil civis (1.081), 93 dos quais crianças. Há ainda confirmação de 1.707 feridos, incluindo 120 menores.
    • Há relatos contraditórios sobre a evolução da situação em Kherson, cidade portuária da Ucrânia que é estratégica para as forças russas abrirem caminho até Odessa. Esta tarde, um “oficial sénior” do Pentágono (EUA) sugeriu que as forças russas já não detêm o controlo completo da cidade, que passou a ser “território disputado”. Há, porém, informações em sentido contrário: segundo o The New York Times, quer as autoridades ucranianas quer fontes ucranianas em Kherson indicam que a cidade continua sob controlo completo russo. Já nas imediações de Kherson estarão a travar-se combates ferozes.
    • Em Vinnytsia, cidade ucraniana localizada a cerca de 280 quilómetros a sudoeste de Kiev, um centro de comando da Força Aérea Ucraniana foi atingido esta sexta-feira à tarde por mísseis russos. O ataque causou “uma destruição significativa” à infraestrutura. A informação foi dada pelo Exército Ucraniano.
    • Em visita oficial à Polónia, onde os EUA têm 10.500 dos seus 100 mil soldados destacados para a Europa, o Presidente dos EUA, Joe Biden, cometeu esta sexta-feira uma aparente gafe. Falando a soldados americanos numa base da NATO, num momento em que elogiava a resistência da Ucrânia e dos “cidadãos comuns” do país à invasão, disse: “Vão ver quando lá estiverem. Vão ver mulheres e jovens a colocar-se à frente do raio dos tanques, a dizer: não saio daqui”. Um porta-voz da Casa Branca corrigiu depois: os EUA continuam a descartar qualquer intervenção em solo ucraniano. Uma intervenção direta e bélica contra a Rússia só acontecerá se o Kremlin atacar um país da NATO.
    • O comandante russo Medvechek, que comandava a 37ª Brigada de Fuzileiros Motorizados e que morreu esta sexta-feira, terá sido atropelado pelas suas próprias tropas devido às “muitas perdas” desta brigada na Ucrânia. A informação foi avançada pela Sky News, que citava uma fonte ocidental que referia: “Isso dá-nos uma ideia dos desafios morais que as forças russas estão a enfrentar”.

  • Bombas de fósforo na Ucrânia? Rússia nega: "Fake news"

    O Governo russo desmentiu esta sexta-feira alegações do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmara que o Kremlin tinha usado bombas de fósforo na Ucrânia.

    O desmentido chegou pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, que classificou a informação como “fake news”. Segundo o Kremlin, o que foi usado foi “cartuchos de iluminação”, utilizados para “iluminar o campo de batalha”.

  • Marcelo compara invasão russa à descolonização. Ucranianos "mostram que o tempo não volta para trás"

    Marcelo Rebelo de Sousa comentou hoje a invasão russa à Ucrânia, comparando-a com a descolonização. O Presidente da República disse que o Kremlin cometeu um “erro” ao pensar que o adversário render-se-ia facilmente. “Na Ucrânia, há pró-Ucrânia e pró-Rússia”, apontou, indicando que os primeiros foram “mais fortes”.

    “Nós conhecemos [este processo] com a descolonização”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em Fátima, sublinhando que “quando quer ser independente”, o povo “é soberano”. Além disso, o chefe de Estado abordou que a Ucrânia já é independente há décadas, o que aumentou a reação às forças russas. “O tempo não volta para trás”, declarou, acrescentando que os ucranianos mostraram isso.

    “A própria natureza da intervenção uniu” as pessoas, mesmo aqueles que tinham “proximidade geográfica e cultural” à Rússia.

    Recordando as declarações de um emissário do Papa, Marcelo Rebelo de Sousa indicou que há um “número indefinido” de refugiados “que não quer entrar” noutro país, estando “à espera” para voltar. “Preferem uma situação precária”, assinalou o Presidente da República, que reforçou que isso é “muito significativo de um estado de espírito” dos ucranianos, que consideram a sua soberania um “facto irreversível”.

  • Macron quer falar com Putin nas "próximas horas", para discutir retirada de civis de Mariupol

    O Presidente francês, Emmanuel Macron, tem “esperança” de voltar a falar com o Presidente russo, Vladimir Putin, nas “próximas horas”.

    Macron espera conseguir alinhavar com Putin um plano que permita a retirada de civis da cidade ucraniana de Mariupol, atualmente sitiada por tropas russas e a viver uma situação de catástrofe humanitária com relatos de falta de água, alimentos e medicamentos.

    O Presidente francês tem sido um dos chefes de Estado que mais tem conversado com Vladimir Putin desde que a Rússia invadiu militarmente a Ucrânia.

  • Bruxelas ainda não autorizou baixa do IVA nos combustíveis, mas conclusões permitem esta medida

    As conclusões do Conselho Europeu preveem que a redução do IVA seja uma das medidas previstas para contrariar o aumento dos preços da energia.

    Mas a Comissão Europeia ainda não respondeu ao pedido de Portugal para reduzir a taxa de IVA nos combustíveis, o que António Costa espera que possa acontecer em breve. O primeiro-ministro lembra também só depois de o Parlamento tomar posse é que poderá ser aprovada em Portugal a passagem do IVA para uma taxa mais baixa.

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