Volodymyr Zelensky reagiu ao que aconteceu hoje no Channel 1 — televisão estatal da Rússia —, em que uma jornalista apareceu no ar com um cartaz antiguerra, agradecendo o apoio aos “russos que continuam a espalhar a verdade”.

“Estou agradecido àqueles russos que não deixam de espalhar a verdade, que estão a lutar contra a desinformação e dizem os factos reais aos seus amigos e famílias”, disse o Presidente ucraniano.

Agradecendo “aqueles que não têm medo de protestar”, Zelensky afirmou que desde que a Rússia “não esteja completamente fechada do resto do mundo, a transformar-se numa Coreia do Norte” ainda é possível contestar as decisões do governo.

De acordo com o The New York Times, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ofereceu às tropas russas uma oportunidade para se renderem.

Zelensky falou num vídeo publicado online, onde prometeu tratar “decentemente” as tropas russas.

Boa noite.

Se só agora se juntou ao nosso liveblog, saiba que a noite ficou marcada pela informação de que a Rússia pediu à China mísseis, drones e veículos blindados, uma informação que surge depois de a Casa Branca não negar um suposto apoio chinês à ofensiva russa na Ucrânia. Pode ler tudo o que se passa ao longo do dia aqui.

• Foram os EUA quem informaram os aliados que a China mostrou-se disponível para providenciar assistência militar à Rússia depois de o país ter solicitado equipamentos para encetar a invasão à Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro.

• Na Ucrânia, a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que, esta segunda-feira, mais de 4 mil pessoas foram retiradas com sucesso de cidades ucranianas através de sete corredores humanitários.

• Volodymyr Zelensky apresentou, ao Parlamento ucraniano, um decreto que estende a lei marcial até o próximo dia 24 de abril.

• O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, prometeu receber os refugiados ucranianos de “braços abertos”, comprometendo-se também continuar a fornecer armas, alimentos e dinheiro à Ucrânia.

• Emmanuel Macron divulgou que vai falar com Vladimir Putin “nas próximas horas”, apelando a um cessar-fogo, mas sem “nenhuma ingenuidade”.
• Mais de 43 mil famílias britânicas ofereceram-se para acolher refugiados ucranianos, na sequência do patrocínio do governo do Reino Unido.

• A União Europeia aprovou a quarta ronda de sanções a Moscovo, desde o início da guerra na Ucrânia. Em comunicado, França, que detém a presidência da UE, referiu que o pacote de sanções visa “indivíduos e entidades envolvidas na agressão contra a Ucrânia”, bem como setores da economia russa.

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, prometeu receber os refugiados ucranianos de “braços abertos”.

We will make sure Ukraine has weapons to defend against the invading Russian force.

We will send money and food and aid to save Ukrainian lives.

We will welcome Ukrainian refugees with open arms.

— President Biden (@POTUS) March 14, 2022

Num tweet, Biden prometeu continuar a fornecer armas, alimentos e dinheiro para ajudar a Ucrânia, que está em guerra desde o dia 24 de fevereiro, quando arrancam as hostilidades russas.

Também nesta segunda-feira, Biden disse que os EUA estavam a fornecer “dezenas de milhares de toneladas de mantimentos humanitários” numa base diária.

No fim de semana, o Presidente dos Estados Unidos autorizou 200 milhões de dólares em armas e outras formas de assistência para a Ucrânia.

A marinha espanhola reteve hoje o iate Valerie, atracado no porto de Barcelona, que pertence ao magnata e aliado de Putin (assim como dono da maior fábrica de armamento russa), Sergei Chemezov.

De acordo com o El País, o iate está avaliado em 130 milhões de euros e terá agora de ficar em Espanha.

A União Europeia aprovou a quarta ronda de sanções a Moscovo, desde o início da guerra na Ucrânia.

Em comunicado, a França, que detém a presidência da UE, referiu que o pacote de sanções visa “indivíduos e entidades envolvidas na agressão contra a Ucrânia”, bem como setores da economia russa.

????#Ukraine | Coreper II, in consultation with our international partners, has approved a fourth package of sanctions targeting individuals and entities involved in the agression against Ukraine, as well as several sectors of the Russian economy. ⤵️1/3 #EU2022FR

— La France dans l’UE ???????????????? (@RPFranceUE) March 14, 2022

Roman Abramovich é uma das 15 personalidades visadas neste novo pacote. Segundo a Euronews, o oligarca russo — que beneficia de um “acesso privilegiado” ao presidente russo, com quem mantém “muito boas relações” — lidera a lista negra, a qual foi aprovada por unanimidade.

Do pacote de sanções constam ainda nove entidades, bem como restrições financeiras e económicas adicionais.

As medidas entram em vigor nas próximas horas.

Mais de 43 mil famílias britânicas ofereceram-se para acolher refugiados ucranianos na sequência do patrocínio do governo do Reino Unido. Um número que um porta-voz do governo garantiu estar correto às 21h30, ainda que “continuasse a aumentar”.

A página online do programa chegou a paralisar temporariamente, depois de ter sido lançada na tarde de segunda-feira, “devido à grande generosidade do público britânico”.

Tal como noticiado no sábado, os britânicos que acolherem refugiados nas suas casas durante pelo menos seis meses sem cobrar renda vão receber 350 libras (cerca de 415 euros) por mês do governo.

O programa foi anunciado pelo ministro britânico Michael Gove e chama-se “Homes for Ukraine” (“Casas para a Ucrânia”, em português).

A ex-primeira-dama da Ucrânia, Kateryna Yushchenko, descreveu o que se está a passar na Ucrânia como uma “tremenda tragédia”. Em entrevista à CNN, garantiu que o país ainda não foi “derrotado”: “Estamos a lutar pela nossa existência, identidade. Vamos continuar a lutar e tenho a certeza de que vamos ganhar”.

Perante a atual situação, Kateryna Yushchenko disse que “há muito mais que o mundo precisa de fazer. Estamos muito gratos, tremendamente gratos, por tudo o que foi feito”. Contudo, ressalvou que a Ucrânia “precisa de mais meios para continuar a lutar”.

“Precisamos de meios aéreos, mísseis, sistema anti-mísseis. Se já tivéssemos este material há uma, duas ou três semanas, centenas, milhares de pessoas estariam vivas hoje”, assegura Kateryna Yushchenko.

Casada com Viktor Yushchenko, ex-Presidente ucraniano, Kateryna Yushchenko descreveu os ataques levados a cabo pela Rússia como “bárbaros”.

Os Estados Unidos da América disseram aos aliados na Europa e na Ásia que a China sinalizou disponibilidade para providenciar assistência militar à Rússia depois de o país ter solicitado equipamentos para encetar a invasão à Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro.

#NewChinaRussiaScoop – US told allies that Russia requested 5 types of military gear from China, including #SurfaceToAirMissiles. Also #drones, armored vehicles, logistics vehicles & intelligence-related equipment. US did not provide underlying intelligence in cables to allies. https://t.co/ScFbhl93LU

— Demetri (@Dimi) March 14, 2022

De acordo com a publicação Financial Times, que cita fontes familiarizadas com o conteúdo dos cabos diplomáticos citados, Washington disse aos aliados que a Rússia pediu à China cinco tipos de equipamentos, incluindo mísseis terra-ar, mas também drones e veículos blindados.

China nega ter recebido pedido de ajuda militar da Rússia: “Desinformação”

Um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China negou esta segunda-feira que o Kremlin tenha pedido ajuda militar — nomeadamente, armas para as tropas russas na Ucrânia — ao país presidido por Xi Jinping.

Emmanuel Macron anunciou hoje, durante o debate com outros candidatos às presidenciais francesas, que vai falar “nas próximas horas” com Vladimir Putin.

O objetivo do Presidente francês é evitar “o pior da guerra”, convencendo o seu homólogo russo a aceitar um cessar-fogo. No entanto, Macron disse que parte para a conversa “sem nenhuma ingenuidade”.

Volodymyr Zelensky apresentou hoje, ao Parlamento ucraniano, um decreto que estende a lei marcial até o próximo dia 24 de abril, informa a Reuters.

Isto significa que homens dos 18 ao 60 anos não vão poder sair de território ucraniano pelo menos até essa data.