O secretário regional da Saúde dos Açores, Clélio Meneses, manifestou hoje disponibilidade para receber doentes do continente nos hospitais da região, se tal for necessário, sublinhando, no entanto, as fragilidades do Serviço Regional de Saúde.

Os Açores são nove ilhas com contingências especiais, que fazem com que haja algumas dificuldades e fragilidades do nosso Serviço Regional de Saúde, no entanto, manifestamos mais uma vez solidariedade para dar o apoio que for necessário. Se da parte do Governo da República for solicitado o apoio da região, de acordo com as nossas disponibilidades, manifestaremos esse apoio”, afirmou, em declarações à Lusa.

Questionado sobre a capacidade da região para acolher doentes de outros hospitais do país, Clélio Meneses não avançou com números.

“A região, neste momento, ainda não tem muitos internados, esperemos que nunca tenha, e se isso se confirmar, de acordo com a disponibilidade dos três hospitais da região, manifestaremos essa abertura para o Governo da República fazer transportar para cá doentes Covid”, apontou.

O Brasil ultrapassou hoje a barreira de nove milhões de infeções pelo novo coronavírus (9.058.687), 11 meses após o primeiro diagnóstico no país, e totaliza 221.547 mortes pela Covid-19, informou hoje o executivo.

O Brasil é o terceiro país do mundo a atingir os nove milhões de infetados, depois dos Estados Unidos e da Índia.

Esse número foi alcançado depois de o Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ter voltado a somar mais de mil óbitos (1.386) e 61.811 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas.

A Madeira regista hoje mais 131 casos positivos de Covid-19, passando a contabilizar 4.898 infeções acumuladas, e mais três óbitos, subindo para 38 o total de mortos, informou a Direção Regional da Saúde (DRS).

Em comunicado, este organismo indica que os casos positivos diagnosticados nas últimas 24 horas dizem respeito a três casos importados (dois provenientes do Reino Unido e um da África do Sul) e 128 de transmissão local, na sua maioria já associados a contactos ou contextos de casos positivos.

A DRS assinala ainda que seis dos casos de transmissão local reportados hoje foram identificados no âmbito da investigação epidemiológica em curso numa embarcação que labora região, onde tinha sido identificado um caso suspeito, aguardando ainda a autoridade da saúde o resultado definitivo de um teste laboratorial.

O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu disse hoje que “a maioria dos comandantes” dos 33 quartéis da região recusa a vacina contra a Covid-19 antes de todos os seus elementos a receberem.

A maioria dos comandantes do distrito de Viseu, como forma de afirmação deste protesto, preocupação, descontentamento e em solidariedade com os seus bombeiros e bombeiras não incluídos na 1ª fase de vacinação, recusam-se a serem vacinados, até que todos os seus operacionais se encontrarem vacinados na totalidade”, afirma Guilherme Almeida.

Num comunicado de imprensa, o recém-eleito presidente da Federação adianta que esta é uma “forma de repúdio e protesto” dos comandantes a uma decisão que consideram “injusta”, nomeadamente, para com os seus operacionais.

O Governo da Madeira decidiu hoje prorrogar as medidas de confinamento em vigor, devido à pandemia de Covid-19, até ao dia 21 de fevereiro, como o recolher obrigatório ou a suspensão das aulas presenciais.

O anúncio foi feito pelo executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, em comunicado, após a reunião do Conselho do Governo realizada hoje.

Está em vigor na Região Autónoma da Madeira o recolher obrigatório de segunda a sexta feira, entre as 19h00 e as 05h00, e aos fins de semana entre as 18h00 e as 05h00.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) confirma que deu início a uma inspeção para verificar se os critérios de vacinação de grupos prioritários estão a ser cumpridos, e para averiguar o que estão as instituições a fazer com as doses que sobram. “Nesta fase”, essa investigação vai abranger “as cinco administrações regionais de saúde, I.P., os hospitais, os centros hospitalares e as unidades locais de saúde do Serviço Nacional de Saúde, bem como algumas entidades que integram os serviços centrais do Ministério da Saúde”.

Numa nota publicada na página do IGAS, a entidade refere que “iniciou uma inspeção com o objetivo de verificar o cumprimento das normas e orientações aplicáveis ao processo de administração da vacina contra a COVID-19”. Esta investigação será focada em três pontos: “1) Critérios de seleção das pessoas a vacinar dentro dos grupos prioritários; 2) Procedimentos de gestão das doses excedentes; 3) Medidas preventivas do desperdício”.

Vacinação. Haverá 2 mil doses para titulares de cargos políticos e de órgãos de soberania, ministros infetados ficam de fora

Todas as semanas, será feito um relatório “destinado às entidades gestoras do processo de vacinação com a indicação das falhas e fragilidades identificadas e as recomendações para corrigir as mesmas”.

A notícia de que o IGAS estava a fazer auditorias sobre o processo de vacinação já tinha sido avançada esta quinta-feira por Francisco Ramos, o coordenador da taskforce para o plano nacional de vacinação. O responsável disse “lamentar” o “desvio de critérios” que terá levado à administração de vacinas a pessoas fora dos grupos prioritários. Nos últimos dias têm sido noticiados casos em que os critérios não terão sido cumpridos. Antes do anúncio de Francisco Ramos, a TVI24 tinha avançado que o INEM vacinou diretores, administradores, assessores e outros profissionais que não são prioritários na vacinação.

Ministério da Saúde admite que não consegue “validar” se quem vacina nos lares pertence à instituição

Um total de 126 funcionários da Segurança Social de Setúbal são suspeitos de terem recebido a vacina para a Covid-19 sem que integrassem na lista prioritária para receber o imunizante, noticiou a SIC.

Em vez dos 126 funcionários, a SIC avança que nessa listagem deveriam estar incluídos apenas residentes e trabalhadores de lares.

O ministério da Segurança Social já ordenou a abertura de um inquérito com carácter de urgência para determinar o que se passou.

Uma dos 126 vacinados foi própria diretora da Segurança Social do concelho, a socialista Natividade Coelho.

O Presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas, Filinto Lima, critica o Governo e afirma que a promessa de entregar um computador a cada aluno no início do ano letivo não foi cumprida.

Ao Observador, o responsável garante que as escolas e os pais vão “unir esforços” para responder às necessidades dos alunos.

Ouça aqui as declarações do Presidente da Associação Nacional de Escolas Públicas, Filinto Lima, ao Observador:

Aulas online. Governo “não cumpriu a promessa” de um computador por aluno

O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) afirma que, neste regresso às aulas online, as famílias apresentam uma melhor “preparação mental” e que houve uma grande “aprendizagem” face ao primeiro confinamento.

Ainda assim, Jorge Ascensão avisa que as dificuldades ao nível tecnológico prevalecem e que estas vão ser um obstáculo nas aulas online, que arrancam a 8 de fevereiro.

Continuaremos a ter situações onde é difícil ter internet ou manter o computador ligado. Há situações muito distintas”, explica o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais.

Ao Observador, Jorge Ascensão lembra ainda que os apoios do Governo às famílias continuam a ser insuficientes: “É uma almofada para amparar algumas situações. Mas nunca é suficiente”, lamenta.

Ouça aqui as declarações do presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais, Jorge Ascensão, ao Observador:

Aulas online. “Os pais estão mais bem preparados, mas as dificuldades tecnológicas continuam”

A presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) considera que o recurso a enfermeiros reformados “não é uma solução viável” e admite que não vê como possível a contratação de profissionais de saúde estrangeiros.

Ao Observador, Lúcia Leite lembra que os enfermeiros reformados estão “numa idade avançada e próximos dos grupos de risco”. Por isso, avisa, “não haverá um número significativo de profissionais reformados que se disponham a ser contratados”.

Lúcia Leite afirma que esta solução poderia funcionar nos cuidados de saúde primários ou para dar apoio às áreas não-Covid. “Mas não é a solução para resolver a carência de profissionais que temos neste momento”, ressalva.

Já sobre a contratação de enfermeiros estrangeiros, Lúcia Leite é clara: “Precisamos de enfermeiros para ontem. Mas não vejo como possível a contratação de profissionais estrangeiros”.

A presidente da ASPE aponta a língua e os protocolos praticados por outros países como os principais obstáculos para esta prática.

Na opinião de Lúcia Leite, o regresso dos enfermeiros portugueses que emigraram seria “a solução ideal”.

Ouça aqui as declarações da presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, Lúcia Leite, ao Observador:

Contratação de enfermeiros reformados e estrangeiros? “Não é uma solução viável. O ideal seria o regresso dos enfermeiros emigrados”

Um novo estudo veio que concluir que a vacina norte-americana Novavax é menos eficaz contra a variante sul-africana da Covid-19, informa o The Washington Post.

Segundo a mesma análise, a vacina é 89% eficaz contra a variante britânica. Já com a variante sul-africana os resultados foram menos animadores — o imunizante tem uma eficácia de 60% (sendo que esse número desde para 49% com pessoas que contraríram o HIV).

A diminuição do risco em 60% nos sul-africanos pode ser “preocupante”, segundo Shabir Maddi, diretor executivo da Unidade de Pesquisa Analítica de Vacinas e Doenças Infecciosas da Universidade de Wits e um dos principais investigadores da vacina da Novavax, dado que não apresenta uma eficácia tão elevada quanto se gostaria.

Contudo, tendo em conta as diretrizes da OMS, a taxa mínima de uma eficácia de uma vacina tem de ser de 50%. Por isso, e apesar de menos eficaz, a vacina da Novavax “protege contra a variante dominante na África do Sul”.

Também a vacina da Pfizer é ligeiramente menos eficaz em relação à variante da África do Sul.

Um grupo de cientistas detetou no Brasil casos de infeção simultânea com duas variantes diferentes do novo coronavírus na mesma pessoa, segundo um estudo hoje divulgado, no momento em que o país atravessa uma segunda vaga da pandemia.

A investigação, da qual fez parte o Laboratório Nacional de Computação Científica, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, constatou a possibilidade de que uma pessoa possa estar infetada por diferentes mutações do SARS-CoV-2 ao mesmo tempo.

A descoberta surgiu a partir de um estudo genético de amostras de 92 pacientes no estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, país que acumulava até quarta-feira 220 mil mortes e quase nove milhões de casos do Covid-19, segundo dados oficiais.

À porta do Hospital Santa Maria, também está um posto da cooperação do Beato com bens e alimentos, doados aos bombeiros pelos cidadãos.

No entanto, a cooperação apela a que os cidadãos não levem mais bens nem alimentos, dado que a quantidade recebida já é suficiente para fazer face às filas de espera.

Hospital de Santa Maria. Mais de 40 ambulâncias à espera

Estão aproximadamente 40 ambulâncias à porta das urgências do Hospital Santa Maria, segundo apurou o Observador.

Ao início da tarde, o hospital avançou que 34 ambulâncias estavam em frente às urgências, mas ao longo da tarde foram-se acumulando cada vez mais.

A Agência Europeia do Medicamento recomendou esta quinta-feira três semanas de intervalo entre tomas da vacina da Pfizer/BioNTech para a Covid-19. O anúncio do regulador europeu surge quando há discussão sobre espaçar as tomas da vacina contra a Covid-19 até seis semanas, com os médicos a recearem que um intervalo tão alargado prejudique a eficácia do fármaco. Leia mais aqui.

Agência Europeia do Medicamento define três semanas como intervalo para vacina

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu defende que a União Europeia deve explorar todas as vias legais à disposição para garantir que as empresas farmacêuticas produzem e fornecem as vacinas contra a Covid-19 previstas nos contratos firmados com Bruxelas. Leia mais aqui.

UE deve explorar todas as vias legais para garantir vacinas, diz presidente do Conselho Europeu