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  • "Um primeiro-ministro não tem amigos". Costa diz que o que quer que Lacerda tenha feito não o fez com a sua autorização

    Quanto a Lacerda Machado, Costa diz que “há muitos anos que não colabora neste gabinete”. “Não tinha qualquer mandato da minha parte e nunca falou comigo a respeito deste assunto em circunstância alguma”.

    Acrescenta ainda: “E apesar de num momento de infelicidade ter dito que era o meu melhor amigo, a realidade é que um primeiro-ministro não tem amigos. E quanto mais tempo exerce menos amigos tem “.

    Diz ainda que: “O que quer tenha feito nunca fez com a minha autorização. interferência e nunca falou comigo sobre este assunto”.

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Bom dia, este Liveblog termina por aqui. Pode continuar a acompanhar a crise política num outro Liveblog.

    Marcelo desmente ter feito convite a Centeno para chefiar Governo

  • "António Costa vai deixar cair todos à sua volta"

    A análise de Raquel Abecasis ao discurso de António Costa. A colunista do Observador diz que o primeiro-ministro demissionário começou a sua defesa pública e vai deixar cair todos à sua volta.

    “António Costa vai deixar cair todos à sua volta”

    Ouça aqui o comentário de Raquel Abecasis na íntegra.

  • "António Costa devia ter dispensado Vítor Escária antes de se saber do dinheiro no gabinete"

    A análise do publisher do Observador ao discurso de António Costa. José Manuel Fernandes diz que o primeiro-ministro demissionário devia ter dispensado Vítor Escária antes de se saber do dinheiro.

    “António Costa devia ter dispensado Vítor Escária antes de se saber do dinheiro no gabinete”

    Ouça aqui o comentário de José Manuel Fernandes na íntegra.

  • "António Costa aproveitou São Bento para apresentar a sua tese de defesa pessoal"

    A análise do diretor executivo do Observador à comunicação de António Costa. Miguel Pinheiro diz que o primeiro-ministro demissionário usou São Bento para apresentar uma tese de defesa pessoal.

    “António Costa aproveitou São Bento para apresentar a sua tese de defesa pessoal”

    Ouça aqui o comentário de Miguel Pinheiro na íntegra.

  • "O que para o MP é ilícito, para Costa é defesa do interesse nacional"

    A análise do editor de política do Observador, Rui Pedro Antunes, ao discurso de António Costa ao país.

    “O que para o MP é ilícito, para Costa é defesa do interesse nacional”

    Ouça aqui a análise de Rui Pedro Antunes na íntegra.

  • "Costa está a acusar o Ministério Público de colocar em causa ação política"

    A análise do redator principal do Observador, Luís Rosa, ao discurso do primeiro-ministro ao país na noite deste sábado.

    “Costa está a acusar o Ministério Público de colocar em causa ação política”

    Ouça aqui o comentário de Luís Rosa na íntegra.

  • Costa "envergonhado" com dinheiro encontrado em São Bento. " Aos portugueses tenho o dever de pedir desculpa"

    O primeiro-ministro falou esta noite ao país, na sequência da operação Influencer. Admite que “com grande probabilidade” não exerce “nunca mais qualquer cargo público”.

    Costa “envergonhado” com dinheiro encontrado em São Bento. ” Aos portugueses tenho o dever de pedir desculpa”

    Ouça aqui o discurso do primeiro-ministro na íntegra.

  • “Em nenhum momento de todo este processo Lacerda Machado invocou o nome do primeiro-ministro"

    Magalhães e Silva diz ainda que ficaria “muito surpreendido” se a medida de coação aplicada a Diogo Lacerda Machado fosse a prisão preventiva. “Não há qualquer fundamento para privar da liberdade o Dr. Lacerda Machado no âmbito do que ele esclareceu”, afirmou.

    Magalhães e Silva refere ainda que “em nenhum momento de todo este processo relativo ao data center” Lacerda Machado “invocou direta ou indiretamente o nome do primeiro-ministro” e que o arguido “nunca usou” o facto de ser amigo do primeiro-ministro para obter benefícios.

    “Não só nunca usou, como isso nunca esteve na cabeça quer dos senhores procuradores quer do juiz de instrução nas várias perguntas que lhe fizeram”, acrescentou. Por isso, já admite recorrer caso a medida aplicada seja a prisão preventiva.

  • Advogado diz que Lacerda Machado "subscreveria integralmente" declaração de Costa sobre amizade

    Diogo Lacerda Machado já foi ouvido pelo juiz de instrução. O advogado do arguido, Manuel Magalhães e Silva, disse aos jornalistas que este fez uma declaração inicial de cerca de 1h15 e que ficou “tão suficientemente esclarecido” que não viu “necessidade de colocar mais alguma questão”.

    Sobre as declarações de António Costa quanto à amizade com Lacerda Machado — “apesar de num momento de infelicidade ter dito que era o meu melhor amigo, a realidade é que um primeiro-ministro não tem amigos” — Magalhães e Silva diz que o arguido “subscreveria integralmente”.

    No entendimento do advogado, o que o primeiro-ministro disse não foi que os dois não são amigos, mas que “o momento de infelicidade” foi tê-lo dito publicamente, “com as especulações a que isso poderia dar lugar”.

    “Não há aí nada que o Dr. Lacerda Machado não pudesse subscrever integralmente. E mais: o Dr. Lacerda Machado tem dessa matéria exatamente o mesmo entendimento que o senhor primeiro-ministro, que teria valido a pena que o senhor primeiro-ministro não tivesse feito esta referência, que teria evitado várias situações que ocorreram no futuro”, afirmou. Segundo Magalhães e Silva, depois daquela declaração pública de Costa, o empresário ligou ao primeiro-ministro, dizendo que ficava “muito agradado”, mas acrescentou: “Mas percebe que, neste momento, me tiraste a minha identidade“.

  • Montenegro que regular lobby e criminalizar enriquecimento ilícito

    Sem nunca falar concretamente sobre a operação que envolve António Costa, Montenegro avança também que o PSD vai avançar com propostas para a regulamentação do lobby e com a criminalização do enriquecimento ilícito.

    Já na reta final, Montenegro faz um último apelo ao eleitorado. “Não temos de ser aquilo que somos. Somos capazes de ser um melhor”, despediu-se perante os mais de mil militantes presentes.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • PSD vai tentar forçar recuperação integral do tempo de serviço de professores e deixa pressão do lado do PS

    O líder do PSD lança-se também sobre a escola pública — ele que prometeu reconhecer os anos de carreira dos professores que estiverem congelados.

    “A nossa prioridade é dar condições de retenção na escola pública. Mas precisamos de fazer ingressar na carreira docente 35 mil novos professores”, diz, sugerindo que Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro terão a tentação de prometer tudo a todos.

    Para tentar condicionar os socialistas, Montenegro anuncia que vai apresentar no debate da especialidade a recuperação integral do tempo de serviço de professores. “Aproveitem já a oportunidade. Estou para ver isso.”

    O líder social-democrata anuncia também que tentará fazer aprovar o aumento extraordinário das pensões mais baixas.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • "A nossa prioridade máxima nesta campanha é recuperar a confiança da juventude"

    “Não podemos desperdiçar oportunidades”, sublinha o líder social-democrata, criticando a forma como o Governo socialista tem, diz, usado o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para compensar uma política errada de investimento público.

    “A nossa prioridade máxima nesta campanha é recuperar a confiança da juventude portuguesa”, atira, garantindo que o partido vai manter a proposta de IRS jovem de até 15% para os jovens com menos de 35 anos.

    Montenegro fala agora do SNS. “Não é um reduto da ideologia. É o reduto da confiança. Ao contrário do PS, não vamos brincar com as pessoas. Não vamos governar a Saúde com caprichos ideológicas.”

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • "É a terceira vez que o país que cai num pântano político"

    “Há razões muito profundas para haver desânimo; aquilo que estamos a viver não é motivo de orgulho para ninguém”, continua Montenegro.

    “É a terceira vez que o país que cai num pântano político. Era mais fácil estar a responsabilizar o PS. Não me faltavam razões. Mas quero dizer: o PSD vai-se concentrar em explicar aos portugueses como é que a sua vida vai melhorar. Estamos direcionados para o futuro; não para justificar o passado”, diz.

    “Precisamos de unir o país. Não deixar ninguém de lado. Respeitar a diferença. Olhar para as pessoas e a dialogar com elas. Governar contra o povo, com a arrogância, com soberba, com uso e abuso do poder, tomando conta da Administração, acabam sempre mal”, atira Montenegro.

  • Montenegro lança campanha ao lado de Moedas: "Este é o primeiro grande momento do PSD"

    Arranca agora Luís Montenegro. “Este é o primeiro grande momento do PSD”, começa por dizer o líder social-democrata, antes de se dirigir a Carlos Moedas lembrando todas as críticas que lhe fizeram há dois anos. “Menosprezaram aquilo que é fundamental na democracia: em democracia, cada cidadão tem direito a um voto”.

    “Estes foram dois anos de progresso e recuperação social. Esta nova maioria que saiu das últimas autárquicas são os tempos que queremos alargar a todo o país”, diz. “Essa inspiração que nos vai mover nos próximos quatro meses até à vitória eleitoral.”

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • PCP fala de "promiscuidade", PAN diz que dinheiro vai para "bolso dos mesmos" e Livre aponta a "chorar sobre o leite derramado"

    António Filipe, do PCP, recorda que Portugal tem assistido a “muitos exemplos das consequências de promiscuidade”, nomeadamente em casos como o BES e TAP, para comparar com o caso do lítio e do hidrogénio que está a ser investigado.

    “Estamos perante situações que têm envolvido governos do nosso país em que a promiscuidade entre interesses económicos e atuação pública tem sido preterida”, frisa o comunista em reação à declaração de António Costa.

    Também Inês Sousa Real, deputada do PAN, diz que portugueses se encontram “cansados” e que estão em causa “muitos milhões de euros que estão a ir para o bolso dos mesmos”. “Dinheiro existe e não está a ser canalizado para quem deve servir”.

    Rui Tavares, do Livre, fala numa dimensão de “chorar sobre o leite derramado” e, ainda que diga que António Costa o possa estar a fazer agora, recorda que o primeiro-ministro teve “ocasiões únicas para poder resolver problemas”.

    “Se hoje Portugal está perante uma enorme crise política, que tem alguns elementos de crise de regime, e se do estrangeiro têm a visão de que Portugal está num enorme escândalo de corrupção houve um período, em que António Costa governou, em que estas coisas podiam ter sido esclarecidas e evitados os danos”, realça.

  • Moedas: "Luís Montenegro será o próximo primeiro-ministro de Portugal"

    Carlos Moedas lança agora mensagens para o futuro, apontado para as eleições antecipadas de 10 de março. “Acredito que aquilo que fizemos nestes dois anos vai ser o que vamos fazer com Luís Montenegro”, assegura.

    O presidente da CML garante: “Luís Montenegro será o próximo primeiro-ministro de Portugal.”

    “Quando estava em Beja olhava para o PSD e tinha esperança, era o partido de Cavaco Silva que tinha impacto e que fazia as coisas. Era o partido para os jovens”, recorda Moedas, numa viagem até à sua juventude quando se filiou no PSD.

    O presidente da autarquia da capital destaca várias vezes a diferença entre socialistas e sociais-democratas. Afirma que o PS “pôs Portugal na cauda da Europa” e garante que os socialista dividem “entre uns e outros”, sublinhando que o PSD faz diferente, unindo as pessoas e respeitando as diferenças.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Chega acusa Costa de "querer interferir na esfera da justiça" para "condicionar justiça, magistrados e opinião pública"

    Declarações de António Costa foram, na visão de André Ventura “um ato bizarro, deselegante e inadequado do primeiro-ministro”.

    “Decidiu criar a regra do ‘à política o que é da política e à justiça o que é da justiça’ para dizer à opinião pública e em horário nobre que o trabalho do governo mais não foi do que agilizar investimento e desbloquear procedimentos sob a capa de dizer aos investidores que podem investir em Portugal e que é um país seguro”, diz, acusando Costa de “querer interferir na esfera da justiça” para “condicionar justiça, magistrados e opinião pública”.

    André Ventura compara declaração de António Costa com “o que aconteceu no processo Casa Pia, com o PS a tentar condicionar a ação da justiça”. E prossegue para dizer que “os arguidos não estão a ser alvo do processo porque atraíram investimento para Portugal, mas porque pressionaram autarcas, alegadamente, a desbloquear a lei sob pena de perderem apoio político e porque disseram que através de favores conseguiam decisões mais favoráveis”. Isto é “ilegal e viola a lei”.

    Ventura diz que “primeiro-ministro pisou a linha da separação entre a justiça e a política e passou a linha da decência e não decência”, pedindo que partidos se unam para aprovar um voto de condenação.

  • Bloco de Esquerda para Costa: "As desculpas não se pedem, evitam-se"

    Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, reage agora à declaração de António Costa, que acusa de “não aprender com alguns dos erros que deveriam ter levado a essa aprendizagem”.

    “Na opinião de António Costa nada deve mudar, quer o regime de desresponsabilização ambiental, quer o regímen de projetos de interesse nacional criados na altura do governo de José Sócrates e acarinhados por PS e PSD e que serviram para negócios contestados na praça pública e alguns judicialmente”, diz.

    O deputado do Bloco de Esquerda reitera que o primeiro-ministro “parece querer dar com as declarações uma mensagem de tranquilidade aos beneficiários destes projetos”, que insiste serem “sempre os mesmos”.

    “O negócio não pode estar acima da lei geral, das populações, da lei ambiental e quando o primeiro-ministro vem dizer que tudo deve continuar como está escolhe manter uma realidade que tem trazido amargo de boca ao país e até ao próprio”, frisa.

    Sobre o pedido de desculpas, Pedro Filipe Soares atira: “As desculpas não se pedem, evitam-se. Deve estar amargurado por não ter evitado vários dos pedidos que o levam a pedir desculpa.”

  • Carlos Moedas: "Libertámos Lisboa do socialismo"

    “Os donos de Lisboa são as pessoas e não os socialistas. O PSD une e não divide como eles [socialistas]”, afirma Carlos Moedas.

    O autarca compara o seu investimento na habitação com as apenas “17 casas” por ano construídas pela Câmara socialista. “Eles não faziam. Nós Fazemos”, garante Moedas, referindo-se ao antigo Executivo socialista.

    “Temos 400 casas que atribuímos às pessoas em situação de sem-abrigo. Não nos venham dar lições daquilo que eles não fizeram e que nós fazemos”, garante, referindo-se ao PS, Bloco de Esquerda. outros partidos da oposição.

    “Há dois anos, tive a coragem de ir para o palco da Web Summit. Muitos riram-se, alguns até me fizeram voz de balão”, lembra Moedas, destacando a posição de Lisboa enquanto cidade tecnológica e de inovação.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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