Momentos-chave
- A corrida presidencial, segundo Maria de Belém. "Nunca enganei ninguém" e "não desisto"
- Alegre: "Onde estavam esses esquerdistas do tempo novo quando foi preciso lutar pela democracia?"
- Nóvoa: "Quem substitui ideias por acenos, abracinhos e sorrisos está muito enganado"
- O dia em que Marcelo diz que matou o comentador: "Aceito a saudade do analista, mas dispenso-a"
- Maria de Belém. "Fui vítima de uma tentativa de assassinato político"
- Francisco Assis crítica as estruturas do PS. Estiveram ao lado de Nóvoa, diz o socialista
- Marcelo retifica e diz que tem de "haver predisposição" da oposição para aprovar OE
- Manuel João Vieira e a senhora de cor-de-rosa animam a arruada de Nóvoa no Chiado
- Marcelo pressiona Passos a aprovar OE se PCP e BE falharem
- Nóvoa promete levar a Constituição "para dentro do Palácio de Belém"
- Belém reconhece praticamente a derrota e lamenta: "Fui vítima de ataques muitos ferozes"
- Marcelo "moderadamente optimista" em relação ao défice
- Marcelo dá apoio a candidatura de Guterres à ONU
Histórico de atualizações
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A campanha eleitoral termina à meia-noite e nós terminamos aqui o nosso liveblog. Obrigada por nos ter acompanhado. Voltamos domingo, no dia das eleições para dar-lhe em direto todos os resultados e as reações. Boa noite!
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Foi o apito final na campanha. Noventa minutos, ou melhor, 15 dias de momentos altos e baixos para os três candidatos. Mais para uns do que para outros.
Marcelo Rebelo de Sousa quis fazer uma campanha de afectos, percorreu ruas ao encontro das pessoas, evitou os partidos que o apoiaram. Acusado de estar a concorrer para mister Simpatia, nunca corrigiu o rumo que tinha escolhido para a sua campanha. O último dia foi um crescendo de apoiantes.
Sampaio da Nóvoa apresentou-se como independente, mas contou com a ajuda de destacados militantes do PS e fez uma campanha à moda do partido com arruadas em Santa Catarina e no Chiado, jantares para centenas de pessoas e bandeirinhas coloridas. Acabou a campanha confiante num segunda volta.
A campanha de Maria de Belém começou entre bibes e lares e por lá andou à espera que a bolha rebentasse. E teve dias em que, de facto, pareceu rebentar. Maria foi bendita entre as mulheres e capa negra entre os estudantes. Pelo meio a guerra à esquerda aqueceu, com Maria de Belém a apertar o cerco a António Sampaio da Nóvoa, o “falso profeta” e o “mestre da retórica”. “Queimada” pela polémica das subvenções, acabou a queixar-se de “assassinato político”.
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A corrida presidencial, segundo Maria de Belém. "Nunca enganei ninguém" e "não desisto"
Foi a última intervenção de Maria de Belém nesta corrida presidencial. Um olhar para trás de uma campanha que ficou, inevitavelmente, marcada pela polémica das subvenções vitalícias. Não fosse assim e o último comício da candidata, em Coimbra, aquele que deveria ter sido o momento alto destes quinzes dias, não teria sido centrado, mais uma vez, na defesa do carácter da ex-ministra da Saúde. Mas foi.
“Não estou disposta a aceitar lições de moral de ninguém. Não cedo perante demagogias, nem cedo perante o que é fácil. Eu não desisto. E a minha desistência é um testemunho contra o obscurantismo, a demagogia e a forma errada de estar na política”, atirou a socialista.
E, mais uma vez também, como foi desde o primeiro dia, António Sampaio da Nóvoa acabou por ser o alvo de todos os ataques da socialista. Esteve lá, em quase todas as palavras de Maria de Belém, mesmo que o seu nome nunca tenha sido referido. “Eu admito que nunca tive aulas de teatro ou de retórica. Mas há uma coisa que eu sei. Sei o que quero, sei o que penso e sei como quero e para onde quero ir. E nunca enganei ninguém”.
Aos “virtuosos” – “estou farta de virtuosos”, chegou mesmo a dizer – um aviso sério: “Não admito” que façam “ataques ao meu carácter”. Por muito que isso possa render votos, e Maria de Belém reconhece que este discurso “demagógico” pode render votos, a socialista garante que não vai por aí. “Nunca me sinto derrotada nem enfraquecida quando sei que estou a obedecer ao meu juízo”.
Uma palavra também para os 40 anos de militância socialista e nova mensagem, recuperando aquilo que antes já tinha dito: a sua campanha é autónoma, mas é socialista e sempre o foi. Esteve lá quando o partido precisou e o partido não pode, simplesmente, “discriminá-la” por ser socialista. “Não aceito ser diminuída por quem chega de fora com opacidade”, atirou. O alvo era o mesmo, claro.
A ex-presidente do PS acabou por lamentar o facto de “pouco ou nada” se ter discutido o “perfil dos candidatos” e a “natureza do cargo de Presidente da República. “Havia muita gente que pensava que ser Presidente da República era ser primeiro-ministro”. Disse.
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Noite eleitoral de Marcelo na Faculdade de Direito gera protestos
A deputada do PS Isabel Moreira criticou hoje o uso do candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) na noite eleitoral, um ato, diz, “inadmissível”. “Isto é absolutamente inadmissível, inédito. É desrespeitador para a República e para os portugueses”, vincou a socialista, que ao começo da noite inseriu um texto na rede social Facebook sobre a matéria.
Lusa
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Marisa diz que é “candidata independente” dos interesses e aponta à 2.ª volta
A concorrente presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, assumiu-se hoje como a “candidata independente” dos interesses financeiros, que não desiste nem tem medo, encerrando a campanha com um “até já”, referindo-se a uma eventual segunda volta.
No jantar de encerramento da campanha da candidata presidencial apoiada pelo BE, que hoje reúne em Coimbra cerca de 500 pessoas e grande parte da família bloquista, Marisa Matias apontou à segunda volta nestas presidenciais: “Não se iludam, é apenas a primeira parte do caminho. Cá estaremos para mais três semanas”. A eurodeputada do BE disse ser diferente dos outros candidatos nas companhias, assumindo-se como a candidata independente porque não responde “perante os interesses financeiros que assaltam o nosso país”.
Lusa
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Jerónimo: Portugal não precisa do candidato do “tricô miudinho”
O secretário-geral do PCP acusou hoje o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa de ser “um ilusionista da palavra”, “do tricô miudinho”, que “calou durante anos os dramas” provocados pelas “políticas de direita”.
“Vemos Marcelo Rebelo de Sousa a apresentar-se como independente dos partidos, ele que foi tudo no PSD e hoje marca distâncias. Calou durante anos os dramas das vidas das vítimas das políticas de direita, da exploração e empobrecimento do nosso povo”, criticou, no comício de encerramento da campanha de Edgar Silva, em Guimarães.
Edgar Silva reforçou hoje ser sua a única “candidatura do trabalho”, não dos órgãos de Comunicação Social ou da Internet, mas sim de gente que está presente “de corpo inteiro” contra as políticas “carteiristas” da direita.
“Engana-se quem pensar que basta chegar a um qualquer meio de Comunicação Social, às redes sociais, à Internet e dizer ‘venham todos’. Não, há aqui uma história de identificação com a luta pelos direitos, liberdades e garantias, com os valores de Abril”, afirmou, no comício de encerramento da campanha eleitoral, em Guimarães, numa das muitas referências críticas ao concorrente Marcelo Rebelo de Sousa e sua exposição mediática de anos e anos.
Lusa
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Marcelo fala do coração no último apelo ao voto
Foi um discurso mais com o coração do que de apelo ao voto. No último discurso de campanha, Marcelo fez emocionado a que os portugueses votem no domingo. Em Celorico de Basto, terra da família paterna, o candidato repetiu algumas ideias da sua mensagem, de que é preciso um Presidente capaz de unir sobretudo num momento difícil em que “houve divisões”.
No final, no dia 24, “o povo é quem mais ordena”.
Tal como em Braga, voltou a dizer que lhe foi sempre pedido que assumisse “compromissos” e antecipasse “cenários”: “Estavam à espera que eu desse uma resposta concreta, uma solução” para os problemas. Não podia nem devia fazê-lo. Ao mesmo tempo era preciso de moderação”, defendeu.
A campanha encerrou uma hora antes do fim da hora oficial. Marcelo olhou para o relógio e sorriu: começou a contagem decrescente.
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Alegre: "Onde estavam esses esquerdistas do tempo novo quando foi preciso lutar pela democracia?"
Chega, diz Manuel Alegre. Chega. O socialista não admite mais ataques à honra de Maria de Belém e disparou em todas as direções. Em Coimbra, no Pavilhão Centro de Portugal, o poeta não poupou críticas a quem está a tentar sujar o nome da ex-ministra da Saúde e, por inerência, a arrastar o nome dO Partido Socialista para a lama. “Estou aqui para defender a honra do PS. Quem ataca Maria de Belém ataca todos aqueles que se reconhecem nesta candidatura e ataca todo o PS”.
De dedo em riste e mesmo sem nunca referir o nome de Marisa Matias e António Sampaio da Nóvoa, os dois candidatos presidenciais mais assertivos a comentar o caso da subvenções vitalícias, Manuel Alegre deixou o desafio: “Onde estavam esses esquerdistas do tempo novo” que agora atacam Maria de Belém, “quando foi preciso lutar pela democracia? Onde estavam?”, repetiu.
Tom aceso e de apoio inequívoco à candidata presidencial. E uma mensagem de confiança. “Nós não desistimos. Nós estamos aqui para lutar. Só é vencido quem desiste de lutar”. É agora a vez de Maria de Belém.
Manuel Alegre ao ataque. "Onde estavam os esquerdistas do tempo novo quando foi preciso lutar pela democracia?" pic.twitter.com/RNZfImV8gc
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 22, 2016
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Pode ver aqui a primeira parte do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa
Watch on #Periscope: Último discurso de campanha de Marcelo em Celorico de Basto https://t.co/ZXDB9s7iWh
— Observador (@observadorpt) January 22, 2016
E a segunda parte aqui
Watch on #Periscope: Último discurso de Marcelo em campanha – Celorico. Parte II https://t.co/47xTOEYbRD
— Observador (@observadorpt) January 22, 2016
Por motivos técnicos não nos foi possível continuar a transmitir
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Nóvoa: "Quem substitui ideias por acenos, abracinhos e sorrisos está muito enganado"
“Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam”. Foi com esta citação de José Saramago que Sampaio da Nóvoa começou o seu discurso na Aula Magna, considerando que este é o sítio que esperava por ele. E há ainda um outro sítio onde, disse, ele é esperado: a Presidência da República. Dando como certa uma segunda volta nas presidenciais, o candidato apelou à “mobilização máxima” dos apoiantes e alertou para os perigos do abstencionismo. “Desengane-se quem pense que, numa segunda volta, também já estará tudo decidido. Voltaremos a mostrar, como agora, que quem decide são os eleitores, os cidadãos, e que tudo está em aberto até ao momento do voto.”
Depois de uma primeira parte da intervenção em que o ex-reitor da Universidade de Lisboa justificou a escolha da Aula Magna como local do comício final de campanha — história académica e política do local e também a morte de Almeida Santos, que obrigou a mudança da agenda –, o candidato decidiu atacar em várias frentes. Primeiro alvo: Cavaco Silva. “Comparem o prestígio que tinha a Presidência com o que tem agora. Há verdadeiramente um antes e um depois. A diferença chama-se compromisso com a Constituição”, disparou Nóvoa, rejeitando que este seja um discurso vago.
“Recusei sempre o caminho fácil da infantilização da política. Contra a cultura do cinismo tentei trazer a força do civismo”, disse ainda, acrescentando que “as eleições não são um concurso de popularidade televisiva”. E aqui já estava a falar de Marcelo Rebelo de Sousa, o segundo alvo da noite. Sampaio da Nóvoa prometeu mostrar que “quem quer fazer desta campanha eleitoral um mero passeio, e que julga que pode substituir ideias, argumentos e propostas, por acenos, abracinhos e sorrisos, está muito enganado”. Aliás, primeiro alvo e segundo alvo são muito parecidos, disse. Ou seja, Cavaco e Marcelo não se distinguem. “Mais sorridente ou menos sorridente, a linha é a mesma”, disse o candidato, arrancando aplausos ao público.
Para Nóvoa, o Presidente “tem o dever de cumprir e fazer cumprir a Constituição. Em cada dia do seu mandato, e não apenas dia sim, dia não, conforme as ocasiões e conforme os ventos”, afirmou ainda. O candidato, firmemente convicto num bom resultado no próximo domingo, mostrou-se confiante na repetição da História. “Vamos repetir 1986, 30 anos depois.”
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Marcelo "tem opiniões sobre tudo e convicções sobre nada", diz Correia de Campos
O mandatário nacional da candidatura de Sampaio da Nóvoa dispensou falar do seu candidato, porque, crê, “não carece de apresentação”. Por isso, na Aula Magna, dedicou grande parte do discurso a falar de Marcelo Rebelo de Sousa.
“Tem opiniões sobre tudo e convicções sobre nada. Salta da direita para a esquerda, da esquerda para a direita e descobriu agora que é da esquerda da direita”, disparou o ex-ministro da Saúde, que falou pormenorizadamente sobre a campanha do ex-comentador. “Faz de conta que é o povo, mas não pode ser o povo”, disse Correia de Campos. “Visita funerárias, faz comício a engraxar sapatos pensando que distribui humor. Os portugueses não são contra o humor, mas para a República preferem a seriedade.”
Na ilha da Madeira, abraça o PSD. No Continente, abraça causas sociais, chegando a ser mais social que os socialistas, mais anti-troika que as vítimas da troika, mais costista que António Costa”
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Pilar del Río: Sampaio da Nóvoa "es muy guapo"
Pilar del Río foi a terceira oradora do comício da Aula Magna. “Vai ser a primeira vez que vou votar numas eleições presidenciais. Não é por abstencionismo. É que vivi numa monarquia. E é um orgulho poder escolher o meu chefe de Estado”, disse, arrancando as primeiras risadas e aplausos à plateia. As segundas viriam de seguida, quando Pila disse uma coisa “que mais ninguém vai dizer”. Que Nóvoa “es muy guapo“.
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O comício de encerramento da campanha de Sampaio da Nóvoa, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, já começou. A sala está praticamente cheia.
Para fim de campanha, Nóvoa volta a uma casa que conhece bem: Aula Magna. Praticamente cheia (+ de 1600 pessoas) pic.twitter.com/SpqgyMPPjr
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 22, 2016
Está neste momento a falar o líder da JS, João Torres, que acabou de se referir a Marcelo Rebelo de Sousa como o “candidato de domingo à noite”, contrastante com Nóvoa, que “devolve autenticidade à política dos nossos dias” e é “o mais forte ponto de encontro das esquerdas”.
“Hoje não é o último dia da campanha eleitoral. É o primeiro dia da segunda volta para as presidenciais”, concluiu Torres.
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O dia em que Marcelo diz que matou o comentador: "Aceito a saudade do analista, mas dispenso-a"
Foi no penúltimo dia de campanha que o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa quis matar o comentador que foi e pediu o voto “definitivo” dos portugueses. Como última mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa diz que não fará mais análises políticas públicas porque o país precisa de “contenção” e “pacificação” do Presidente da República.
Assim que me tornei candidato presidencial, desapareceu o analista Marcelo Rebelo de Sousa. Aceito a saudade do analista político, mas dispenso-a a partir do dia 24. A partir de dia 24, as análises que fizer, ficam comigo mesmo”, disse.
Com as sondagens a mostrarem o candidato à frente, Marcelo pede o voto “definitivo” já no dia 24. Disse no discurso bastante aplaudido que “o voto que já está esclarecido dispensa que se prolongamento um longuíssimo período eleitoral que já leva quase um ano”. “Um voto que, tenho intimamente a certeza, que será um voto definitivo no dia 24”, disse.
Numa sala cheia em Braga, Marcelo justificou porque não tem falado sobre todos os temas do dia-a-dia. O candidato pediu para que “não amuem” aqueles que queriam um discurso diferente: “Mil vezes me perguntaram pelo programa, como se o Presidente tivesse um programa de Governo”, disse. O Presidente “não anda a dar soluções todos os dias, muito menos problemas sensíveis sobre os quais daqui a poucas semanas tem de formular juízos”, acrescentou o candidato. Na prática, o candidato presidencial explica que quer restringir movimentações suas no futuro, por ter opinado antes.
Mas antes, já o candidato da candidatura “simples” e “espontânea”, tinha apelado, coincidentemente à hora certa dos telejornais, aos indeciso. Marcelo carregou no discurso e na mensagem que trazia preparada para o último dia: o apelo ao voto nos indecisos. “E escolham a experiência, a história política, a capacidade de criar consensos”, disse. Tudo porque, disse, o país “não precisa de tensões nem de radicalismos. O país precisa de um Presidente moderado nos próximos cinco anos”, defendeu. Para acrescentar mais tarde que “o país precisa de pacificação. Nós não somos visceralmente radicais”.
Já não foi a primeira vez que o candidato falou diretamente para os indecisos, mas foi a vez que mais justificou a necessidade do voto. “A decisão de votar no dia 24 é uma decisão fundamental”. E é fundamental porque o “Presidente da República é um árbitro, politicamente imparcial, mas socialmente parcial”, defendeu e para que “todos se sintam representados no topo do poder político (…), para que ninguém tenha o monopólio de ser Portugal. Votar no dia 24, é votar em Portugal”.
O candidato presidencial aproveitou ainda este penúltimo discurso (em seguida segue para Celorico de Basto) para responder aos críticos: “Não foi uma premeditação. Não foi uma mono-mania à saída do berço, nem uma obsessão à saída do período escolar. (…) Não amuem por eu não fazer o discurso que queriam“.
E é “por ser assim”, Marcelo voltou a insistir que a campanha “foi diferente”, porque: “Eu sou diferente. Foi uma campanha de moderação porque eu sou moderado. Foi uma campanha livre e independente porque eu sou livre e independente”. E isso serviu para mostrar a diferença para os outros candidatos. “Seria inaceitável que houvesse uma campannha espetáculo, em cartazes, dispêndios, quando há portugueses que ainda passam fome”, disse.
No apelo ao voto, Marcelo lembra novamente que é preciso acabar rapidamente com o período eleitoral que já dura há mais de um ano.
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Maria de Belém. "Fui vítima de uma tentativa de assassinato político"
Palavras de duras de Maria de Belém e mais uma vez com a polémica das subvenções vitalícias como pano de fundo. A ex-Presidente do PS considera ter sido alvo, nos últimos dias, de uma “tentativa de assassinato político” e “de ataques torpes”.
Defendendo novamente que se limitou a cumprir a lei no caso das subvenções, Maria de Belém deixou um aviso claro aos adversários: “Não pensem que me intimidam. Não sou a pessoa frágil que alguns pensam que sou. Podem-me atacar, [mas] eu tenho um espelho em causa”, um currículo e uma obra “que fala por mim”. Já outros não podem dizer o mesmo, deixou no ar a candidata.
O tom foi sempre este. Assertivo, duro, no limite, mesmo. A ex-Presidente disse recusar aceitar “julgamentos de carácter” daqueles que se escondem atrás capa do “virtuosismo”, mas que, na verdade, trazem por baixo a camisola de um partido que nunca ajudaram a construir. E de causas que nunca ajudaram a defender.
A socialista denunciou, por fim, a existência de “circunstâncias muito anómalas” nesta campanha eleitoral e “pressões para não apoiarem esta candidatura”, mas deixou um apelo ao voto que acaba por resumir a crispação que se instalou na corrida presidencial: “Não se esqueçam que o voto é secreto”. A caravana segue agora para Coimbra, para o último comício da candidata presidencial.
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Um salto para Belém?
Em Braga, casa cheia para receber Marcelo, que chegou a descer as escadas aos saltinhos pic.twitter.com/amFuhgSSg7
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 22, 2016
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Marisa Matias diz que Guterres faria "trabalho notável" à frente da ONU
A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, disse hoje não ter dúvidas que António Guterres faria, como secretário-geral das Nações Unidas, um “trabalho igualmente notável” como foi aquele que desenvolveu enquanto Alto-Comissário para os Refugiados.
“Trabalhando muito diretamente com a questão da guerra e dos refugiados dos países do Médio Oriente, trabalhei muito diretamente com as pessoas do ACNUR [Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados]. E o trabalho de António Guterres a esse respeito tem sido notável, não tenho dúvidas que seria igualmente notável nas Nações Unidas”, disse Marisa Matias aos jornalistas no final de uma arruada no Porto.
Lusa
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Francisco Assis crítica as estruturas do PS. Estiveram ao lado de Nóvoa, diz o socialista
Francisco Assis acabou de discursar no Cine-Teatro da Batalha, no Porto. Quem levou a primeira alfinetada? António Sampaio da Nóvoa. Mas o PS não se ficou a rir. Para o portuense, ficou claro que a direção do partido esteve ao lado do ex-reitor desde o primeiro momento.
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Por partes. Francisco Assis acredita que Maria de Belém é a “única candidata” na corrida presidencial verdadeiramente de “centro-esquerda” e que isso pode ser determinante. Num país “muito fracturado” apenas a ex-presidente do PS “é capaz de falar à esquerda e à direita”, sublinhou o socialista.
Isto pode ser muito importante no futuro do país, diz Assis. É que ninguém sabe o dia de amanhã e quantos governos se vão suceder nestes próximos cinco anos. Por isso, sublinha, não podemos eleger um Presidente que “se venha a transformar num líder da oposição deste Governo”, nem podemos eleger um Presidente que mostre “alguma disponibilidade para estar permanentemente subordinado a este Governo“. “Maria de Belém nunca foi uma candidata de fações” e não o será se for eleita Presidente da República, atirou.
A terminar, o portuense saiu em defesa da honra da candidata e atacou o PS. Assis sublinhou que Maria de Belém foi, de facto, a “única que não contou” com qualquer “apoio de máquinas partidárias” e lançou-se ao PS. “Quando um partido coloca o Presidente, a secretária-geral-adjunta e o núcleo duro do partido” na estrada é porque “está a apoiar esse candidato”. Esse, António Sampaio da Nóvoa. O Cine-Teatro da Batalha rompeu em aplausos.
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Edgar leva “banho de motivação” no Porto
O candidato presidencial comunista Edgar Silva subiu hoje as ruas 31 de janeiro e de Santa Catarina, Porto, e levou um “banho de motivação”, segundo o próprio, no derradeiro dia de campanha eleitoral.
Ao lado do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o deputado regional madeirense e membro do Comité Central foi sendo saudado desde a avenida dos Aliados até meio daquela rua pedonal e de comércio portuense, por entre as bandeiras e palavras de ordem do costume.
“É uma dinâmica de crescimento, contagiante. Agora temos de passar da mobilização a uma outra fase, a da ampliação e do alargamento da força dos trabalhadores e do povo para o voto em Abril”, desejou, após dobrar a esquina para a esquerda, deixando a praça da Batalha e a concentração final da adversária e ex-presidente socialista, Maria de Belém, à sua direita.
Lusa
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Jorge Sequeira diz que “grande vencedor” será a abstenção
O candidato presidencial Jorge Sequeira alertou hoje que o “grande vencedor” das eleições de domingo será a abstenção e disse que isso é que “mais deveria incomodar” os analistas políticos e a sociedade.
“Tenho pena, não pela minha pessoa, porque eu não sou ninguém”, mas aquilo que nas sondagens “é mais relevante não é a minha posição (…), é que o grande vencedor, e isto a mim magoa-me imenso, vai ser novamente a abstenção”, afirmou o candidato.
Lusa