A recuperação do tempo de serviço dos professores, a atualização dos vencimentos das forças de segurança, dos profissionais da área de saúde, da área da Justiça e de outros setores, pode estar em risco devido às incertezas em torno da aprovação do orçamento de estado. Se o orçamento de Estado não for aprovado e o Governo fizer a gestão de Portugal em duodécimos, significa que deverá trabalhar com um orçamento equivalente ao de 2024 dividido por doze.
O que significa o seguinte: todos os compromissos assumidos com os sindicatos podem não ser totalmente cumpridos.
O Partido Socialista e o Partido Chega aprovaram uma despesa de 6 mil milhões de euros para o orçamento de 2025 na Assembleia da República, valor que não estava contemplado no programa do Governo, por exemplo, a isenção de portagens nas antigas SCUTS. Mas esses partidos, apesar de terem contribuído para um aumento de despesa que beneficiará no máximo 700 mil pessoas residentes em Portugal e vários milhões de turistas, não se comprometeram com a aprovação final do orçamento. Isso sugere que esses partidos podem estar mais focados em criar obstáculos políticos do que em encontrar soluções viáveis para essas questões. Esse cenário de incerteza e instabilidade política é particularmente frustrante para os cidadãos que já se encontram cansados com a possibilidade de mais uma eleição. Além disso, é compreensível a indignação de alguns setores da administração pública que ainda não viram os resultados concretos das negociações que visam reconhecer e valorizar o seu tempo de serviço e trabalho. Assim, a não aprovação do orçamento de estado pode originar risco para a recuperação do tempo de serviço e vencimentos:
1) A não aprovação do orçamento de Estado pode resultar na gestão do país com base em duodécimos, ou seja, o orçamento seria equivalente a 1/12 do orçamento de 2024, comprometendo as promessas feitas aos professores, às forças de segurança, e restantes classes profissionais.
2) Situação política e responsabilidade dos partidos: apesar de o Partido Socialista e o Partido Chega terem aprovado despesas significativas, não se comprometeram com a aprovação do orçamento, o que, na minha visão, contribui para o agravamento dos problemas e não na procura de soluções.
3) Cansaço e descontentamento com o processo político: a possibilidade de novas eleições, o cansaço por longas horas nas mesas de voto e a sensação de desperdício do dinheiro público.
4) Expectativas frustradas e falta de concretização: tanto os professores como as forças de segurança ainda não receberam as atualizações prometidas, e os dados necessários não estão devidamente informatizados.
Em conclusão, fica a minha desilusão face à atuação política e incapacidade dos políticos de assumirem compromissos, pondo em causa na minha ótica a segurança dos cidadãos quer na área social quer na área económica.