Camaradas, deixem que recue a esse já distante ano de 2019 em que ainda não tínhamos aprofundado a sociedade evoluída que hoje somos e em que eu percebi que não havia alternativa ao governo esclarecido das esquerdas.

Discutia-se então em Portugal o fecho das urgências obstétricas durante o Verão. E eu, camaradas, aqui confesso que num momento em que ainda não estava devidamente esclarecida sobre a grandiosidade do pensamento socialista, até recordava como anos antes, em 2012, a possibilidade de transferência dos serviços de partos da Maternidade Alfredo da Costa para o Hospital Dona Estefânia trouxera para a rua centenas de pessoas que davam abracinhos entre si e abracinhos à MAC, gritando “A MAC é vida! A MAC não pode ser destruída!” e como até uma juíza decidira que a MAC tinha de funcionar como maternidade sob pena de sanção.

Estava portanto eu nessa busca nem digo de um cordão humano mas tão só de um pequeno ajuntamento de profissionais de saúde, membros da família Campos-Louçã dando conta da sua angústia pelo destino das grávidas, quando uma afirmação proferida por “fonte hospitalar” me fez ver a luz, ou melhor dizendo o esplendor do socialismo: “Ainda não estamos como nos Estados Unidos em que se rejeita atender doentes se, por exemplo, não tiverem seguro de saúde. Não teremos, com certeza, grávidas a ter filhos na rua”.

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