O conceito Inclusão poderá parecer simples, mas no que toca à Educação tem demonstrado um historial difícil. Um historial que já revogou duas leis e onde ainda andamos a tentar perceber o que podemos fazer para que esta seja uma sociedade inclusiva.

O novo ano letivo trouxe consigo mudanças fortemente significativas naquilo que se espera ser uma nova cultura de escola. Uma filosofia que há muito se tem vindo a apregoar em inúmeros fóruns e conversas e que permaneceu em fila de espera até agora. O novo Decreto-Lei 54/2018, que veio substituir o antigo Decreto-Lei 3/2008 e que tutela as medidas educativas, consigo traz, também, um manual como documento orientador para uma Escola Inclusiva.

A sociedade evoluiu para deixar de esconder e não olhar como parte integrante pessoas com deficiência, para perceber os seus direitos e deveres enquanto cidadãos. Mas à revelia do que a evolução nos poderia dar, ainda precisamos de um Manual para a Inclusão. Ainda estamos no tempo em que precisamos de, perante o que é diferente, encontrar respostas que negamos estarem em nós (de repente esquecemo-nos de ser professores e focamo-nos apenas na nossa amarra a um currículo, a um formato único a que historicamente não temos conseguido escapar). Na falta de tempo e disponibilidade e perante aquilo a que não conseguimos responder exigimos, única e exclusivamente, respostas a determinados departamentos. Saímos de cena e delegamos as Necessidades Educativas Especiais (NEE) para um espaço específico dentro da escola.

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