Quando, há quase três anos, a Natixis escolheu Portugal e a cidade do Porto para instalar um Centro de Excelência em IT, o talento criado nas Universidades da região foi um fator determinante para a decisão.

Para cada vez mais empresas – sobretudo as tecnológicas –, as Universidades são um dos mais importantes stakeholders para garantir o cumprimento dos seus objetivos de negócio. E ambas têm a ganhar com essa convergência: as empresas, pois necessitam do talento para inovar e se manterem competitivas; e as Universidades, não só porque estão a formar alunos a integrar o mercado de trabalho, mas também porque as vivências de profissionais podem contextualizar uma nova tecnologia ou solução que, no contexto de transformação digital cada vez mais acelerado em que vivemos, complementam a abordagem académica e transmitem aos estudantes o valor acrescentado dos conteúdos lecionados.

Debrucemo-nos, por exemplo, sobre a área da Tecnologia em Portugal. Por vezes, as empresas deixam em lista de espera projectos interessantes ou de natureza mais exploratória e, através de parcerias com instituições de ensino, têm ao seu dispor recursos para desenvolvê-los. É o que fazemos na Natixis, através das parcerias que mantemos com 10 instituições de ensino superior, nomeadamente a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) ou o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no contexto de institutos de investigação e desenvolvimento. Na FEUP, participamos na cadeira de Laboratório de Gestão de Projetos, onde desafiamos os alunos a desenvolverem projetos que poderão vir a ser implementados na Natixis; no INESC TEC existe um centro de investigação aos quais a Natixis encomenda projetos que são desenvolvidos, quer por alunos, quer por investigadores; e no ISEP, no contexto da cadeira de PESTI, acolhemos mais de 10 estágios em que estudantes fazem a ponte entre a sua vida académica e profissional. Além do trabalho em si, que pode ser muito enriquecedor para os alunos e muito útil para a Natixis, esta colaboração potencia também oportunidades de recrutamento de talento.

Estas relações de parceria funcionam também no sentido inverso. Grande parte dos jovens que enveredam por cursos desta área têm a expectativa de que irão desenvolver muitas das hard skills exigidas pela maioria das empresas do sector onde aspiram vir a trabalhar. A cada vez mais rápida evolução tecnológica torna maior o desafio das Universidades e transforma as empresas num importante aliado. Colaborar com uma empresa do sector é uma mais-valia, pois facilita o estabelecimento de acordos para que os profissionais da mesma possam dar palestras como convidados ou para que se possa organizar um programa em conjunto, como um painel de especialistas ou uma conferência. No caso da Natixis, no sentido de nos darmos a conhecer às comunidades estudantis, já recebemos visitas da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e da Universidade de Aveiro para mostrar como os conhecimentos adquiridos são aplicados no mundo empresarial. Estas visitas não são exclusivas a estudantes, sendo que já recebemos visitas de docentes para mostrarmos o nosso portfólio tecnológico e serem identificadas oportunidades de colaboração.

Importa também destacar, enquanto benefício mútuo, os eventos organizados tanto pelos departamentos das Universidades como pelos seus grupos estudantis (ferias de emprego e conferências), que agilizam o alinhamento de estágios e colocações. A relação entre Empresas e Universidades está melhor do que nunca, fruto de um esforço bilateral de muitos anos que coloca o Norte de Portugal no radar europeu de inovação digital. Essa relação tem ainda muito espaço para se fortalecer e a Natixis terá todo o gosto em estar na linha da frente.

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