Os enfadonhos e indigestos barões do “Rock in Rio World”, através da sua equipa de advogados, obrigou a comissão de festas do Rock in Rio Febras a mudar a designação que dá nome ao evento daquela gente, por “concorrência desleal”, contestam ferozmente e enraivecidos. Já se sabia, há muito, que vivemos num mundo em que mentes atrofiadas teimam em reinar, em espingardear, em disparatar, só porque sim. À festa popular na esbelta localidade de Briteiros, arredores de Guimarães, juntou-se uma imensa massa humana de cariz solidário que se uniu em prol daquela gente vimaranense. O humor imperou, a patetice obtusa de outros foi dizimada. O “Rock in Rio World”, e respectiva equipa de advogados (como é possível haver advogados, ou assim, que gostam e alimentam e aconselham este tipo de coisas? Talvez por pretenderem alguma adrenalina nas suas vidas moribundas e gastas no que toca ao exagero grotesco do politicamente correcto).
À brava e pujante malta minhota do “Rock in Rio Febras” (ou como sugeri no decorrer desta semana, “Febras Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer”), saiu-lhe o jackpot, sendo de esperar verdadeiras enchentes numa festa a ter lugar nos arrabaldes do “berço da nação”, cujo palco – a essência e o ponto crucial da “concorrência desleal” deste acto circense – é 15362368 (número não exacto) vezes inferior ao do “Rock in Rio” megalómano e comercial e antipático e caro e desavindo de inteligência sensata. A prova cabal de falta de atenção. Deve ser isso.
Abraço, povo de Briteiros! Merecem o mundo à beira-rio!