Democracia e Liberdade são os valores que regulam a organização do Fórum Atlântico: Democracia 25.4, promovido pela FNAJ-Federação Nacional das Associações Juvenis, de 27 a 29 de setembro, neste que será o seu primeiro grande evento transatlântico a acontecer na Região Autónoma dos Açores.

Há muito que a FNAJ desenvolve a sua atividade em todo o território português, consolidando-se como uma entidade ativa e respeitada na defesa dos interesses dos jovens e das associações juvenis e de caráter juvenil. No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril de 1974, cerca de 200 jovens de todo o país, a que se juntam decisores políticos, encontram-se na Universidade dos Açores para refletir sobre cidadania, participação juvenil, política e democracia.

Com a parceria do Governo Regional dos Açores, o apoio da Agência Erasmus+ Juventude/Desporto e do Corpo Europeu de Solidariedade, a FNAJ pretende promover, através deste Fórum, a participação cívica e democrática em contextos nacional e europeu. O evento pretende também destacar a relevância da democracia portuguesa, aproximar a juventude dos decisores políticos, promover a sua participação ativa, aumentar a literacia política, além de identificar obstáculos e desafios. Durante os três dias deste Fórum os participantes terão a oportunidade de participar num Speed Dating com políticos, ou ainda em Youth Labs relacionados com a participação jovem, cidadania europeia e políticas e mecanismos de participação juvenil.

O caminho para o aumento da participação cívica dos jovens é exatamente este: chamar, dar voz, registar os desafios e agir.

Criar novas políticas de juventude sem os ouvir não trará nada de novo para o futuro do nosso país, muito pelo contrário, continuará sim a afastar os mais jovens dos centros de decisão. É, por isso, fundamental que se efetive a auscultação dos jovens, deixando de atuar com base no que se presume ser do interesse das gerações mais novas, mas sim em consonância com o que realmente ambicionam e reclamam.

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Importa salientar que a responsabilidade não recai apenas sobre o Estado, mas também sobre os próprios jovens. Apelar e reivindicar deixou de ser suficiente. Torna-se necessário que se integrem, que não tenham receio de assumir responsabilidades e que se tornem elementos ativos no meio onde estão inseridos.

Iniciativas como o Fórum Atlântico: Democracia 25.4 revelam-se assim de extrema importância, porque possibilitam aos jovens não só ser ouvidos, como também ficarem a conhecer os principais e mais adequados mecanismos de participação cívica.

O reforço e promoção deste tipo de participação é um trabalho contínuo em qualquer democracia. É imperativo que organizações como a FNAJ mantenham o papel de impulsionadoras e defensoras do envolvimento cívico, garantindo que o campo político reconheça e valorize a necessidade de manter uma elevada participação dos cidadãos na sociedade.