A menos de um ano das Autárquicas 2025, o que mais se ouve e se discute nos media são as Presidenciais 2026. Tal relevo deve-se ao desgaste na imagem do atual Presidente da República, ao cansaço de muitos por este estilo de presidencialismo e à necessidade de mudança. Mas também pela existência de muitos putativos candidatos.
Da esquerda à direita, soam nomes como António José Seguro, Marques Mendes, Santana Lopes, Paulo Portas, António Vitorino, Pedro Passos Coelho, Almirante Gouveia e Melo, André Ventura, entre outros. É notório que a comunicação social tem dado pouco destaque às Autárquicas 2025 e, todavia, estas eleições merecem toda a nossa atenção.
O governo local vai a eleições entre o final de setembro e início de outubro do próximo ano, e os eleitores serão chamados às urnas para escolher o seu futuro presidente de Junta, de Assembleia Municipal e de Câmara. O poder local é o poder político com maior votação de proximidade, pois é responsável pela resolução dos problemas diários e essenciais das gentes do concelho e por políticas estratégicas que dão resposta aos desafios emergentes e impactam diretamente a vida das gerações vindouras.
Falar de candidatos às Autárquicas é valorizar os concelhos, é concretizar o dever de informar a comunidade sobre novas ideias, programas eleitorais e em que sentido estes podem mudar a vida das pessoas, o destino de um concelho e de todo um país. Falar das Autárquicas é sensibilizar a comunidade para a importância de todos participarem na defesa da causa pública, da responsabilidade que todos têm para fazer mais e melhor pelo seu concelho.
É importante cativar os jovens e os menos jovens a envolverem-se na política de proximidade, na política local. Convocar as pessoas para a política ativa é uma forma de melhorar a vida de todos e de reduzir os números da abstenção. Olhemos para a política de forma a acrescentar mais participação, valorizando os políticos, as pessoas, os concelhos, as vilas e as freguesias. Respeitemos por isso o calendário eleitoral e foquemo-nos na inovação, desenvolvimento económico e qualidade de vida das pessoas. Porque não só do Chefe de Estado vive o Estado.