Sou romeno. Nasci na Roménia em 2001 e desde 2007 resido em Portugal. Adoro este país maravilhoso que me acolheu e que tantas portas me abriu. Passaria aqui o resto da minha vida.

Há, porém, algo que ainda me faz muita confusão, nomeadamente a adoração que existe face à sangrenta ideologia comunista.
Como romeno sei que o comunismo destrói vidas e famílias, apregoa o medo e vende a ilusão de uma igualdade assente na opressão e omissão do bem mais precioso, a liberdade.

Sei isto porque os meus antepassados viveram numa sociedade comunista onde a fé não podia ser livremente exclamada, e um pequeno empresário não podia sonhar em gerar mais postos de trabalho e mais capital, que posteriormente seria investido para que ele e a sua família vivessem melhor. Tão simples quanto isto.
Sabem porquê? Porque o comunismo não passa de um sofisma.

Entendo o papel que os comunistas tiveram antes do 25 de Abril de 1974, porém não entendo o fechar dos olhos às atrocidades que os mesmos comunistas, que se consideram democráticos e solidários, têm perante os países onde a fome, o frio e as fugas em massa das respectivas populações para fora das fronteiras nacionais estão na ordem do dia.
E, que fique bem claro, falta de informação não há. Não há porque, ao contrário do que acontece nos regimes comunistas onde a liberdade de imprensa é reduzida ou até mesmo “despedida”, nos países democráticos, liberais ou até capitalistas o ser humano tem acesso às fontes de informação que deseja.

A Festa do Avante decorreu nos passados dias 6, 7 e 8 de Setembro. Num país livre, onde o jovem pode optar por fazer o que a consciência lhe dita, sem medos de ser encarcerado num gulag por achar que o Primeiro-Ministro (ou secretário-geral de uma organização comunista, para ser mais apropriado a certas realidades), não é bem aquilo que o país precisa.
E, mesmo assim, foram muitos os jovens que compraram as suas EP’s e sorridentes tiraram selfies ao lado da foice e do martelo.

Agora entre nós.. passa pela cabeça de alguém que uma foice e um martelo, juntos ou separados, exprimam paz, liberdade ou progresso? Não! Mais depressa um campo de trabalho forçado como existe num verdadeiro país comunista e como, infelizmente, já existiu na minha querida Roménia.

E se até agora vos disseram que nos países em que o comunismo fez-se sentir não foi de facto implementado um verdadeiro comunismo, meus amigos, não se enganem, foi do mais autêntico que já existiu.

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