O aumento do salário mínimo nacional para 820 euros em 2024 é uma medida acertada. Mas na realidade ainda não cumpre o propósito de que todos os trabalhadores tenham uma remuneração digna para viver. Apesar de ser um progresso, está longe deste desígnio. Ninguém que trabalhe deveria ter de pedir ajuda financeira ou alimentar para a sua subsistência.

O aumento do salário mínimo para 820 euros representa um aumento de 8% em relação ao valor de 2023. Este aumento, apesar de significativo, não consegue melhorar o poder de compra dos trabalhadores. O que é grave!

Mas não é só quem recebe o salário mínimo que tem de recorrer às ajudas e isso é um sinal forte de que algo não está a correr como deveria. De acordo com dados do INE, o salário mínimo nacional representava, em 2022, apenas 55,3% do salário médio. Esta é uma percentagem muito baixa, que coloca Portugal no penúltimo lugar da União Europeia em termos de percentagem do salário mínimo em relação ao salário médio.

Ora, é importante ressalvar que o aumento do salário mínimo para valores muito próximos do salário médio, apesar de positivo, pode dar um sinal errado de que deixa de compensar investir na formação académica ou técnica.

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De acordo com dados da Pordata, o salário médio de um trabalhador com ensino superior é de cerca de 1.500 euros. Se o salário mínimo for aumentado para valores muito próximos deste, o retorno do investimento na formação académica ou técnica começa a perder significado, a não ser que suba também o salário médio.

O próximo Governo deve ter em conta não só o salário mínimo, mas também rever em alta e proporcionalmente todos os outros salários da função pública. Esta medida seria fundamental para garantir que todos os trabalhadores tenham uma remuneração justa e adequada ao seu nível de qualificação.

O Governo deve promover o investimento na educação e na formação profissional, de forma a aumentar o nível de qualificação dos trabalhadores portugueses. Esta medida seria fundamental para aumentar o retorno do investimento na formação académica ou técnica e para reduzir as desigualdades salariais.

Nesse sentido, parece-me fulcral que haja um consenso sobre os aumentos dos vencimentos, devendo estes acompanhar o do salário mínimo. A medida é importante, mas não suficiente, pois é preciso garantir que todos os trabalhadores tenham uma remuneração justa e adequada ao seu nível de qualificação.

O aumento do salário mínimo nacional para 820 euros em 2024 é uma medida acertada. Mas na realidade ainda não cumpre o propósito de que todos os trabalhadores tenham uma remuneração digna para viver. Apesar de ser um progresso, está longe deste desígnio. Ninguém que trabalhe deveria ter de pedir ajuda financeira ou alimentar para a sua subsistência.

O aumento do salário mínimo para 820 euros representa um aumento de 8% em relação ao valor de 2023. Este aumento, apesar de significativo, não consegue melhorar o poder de compra dos trabalhadores. O que é grave!

Mas não é só quem recebe o salário mínimo que tem de recorrer às ajudas e isso é um sinal forte de que algo não está a correr como deveria. De acordo com dados do INE, o salário mínimo nacional representava, em 2022, apenas 55,3% do salário médio. Esta é uma percentagem muito baixa, que coloca Portugal no penúltimo lugar da União Europeia em termos de percentagem do salário mínimo em relação ao salário médio.

Ora, é importante ressalvar que o aumento do salário mínimo para valores muito próximos do salário médio, apesar de positivo, pode dar um sinal errado de que deixa de compensar investir na formação académica ou técnica.

De acordo com dados da Pordata, o salário médio de um trabalhador com ensino superior é de cerca de 1.500 euros. Se o salário mínimo for aumentado para valores muito próximos deste, o retorno do investimento na formação académica ou técnica começa a perder significado, a não ser que suba também o salário médio.

O próximo Governo deve ter em conta não só o salário mínimo, mas também rever em alta e proporcionalmente todos os outros salários da função pública. Esta medida seria fundamental para garantir que todos os trabalhadores tenham uma remuneração justa e adequada ao seu nível de qualificação.

O Governo deve promover o investimento na educação e na formação profissional, de forma a aumentar o nível de qualificação dos trabalhadores portugueses. Esta medida seria fundamental para aumentar o retorno do investimento na formação académica ou técnica e para reduzir as desigualdades salariais.

Nesse sentido, parece-me fulcral que haja um consenso sobre os aumentos dos vencimentos, devendo estes acompanhar o do salário mínimo. A medida é importante, mas não suficiente, pois é preciso garantir que todos os trabalhadores tenham uma remuneração justa e adequada ao seu nível de qualificação.