A Ordem dos Enfermeiros desde a publicação da alteração estatutária, a 19 de janeiro último, teve a oportunidade para, de forma transparente, legal e moral, aprovar o Regulamento Eleitoral e convocar eleições junto dos seus membros enfermeiros. Os atuais responsáveis da Ordem dos Enfermeiros, de forma propositada e sem outra justificação, realizaram a assembleia geral para aprovar o regulamento eleitoral no dia 12 de junho, por convocatória 48 horas antes e, nesse mesmo dia, convocaram eleições para 12 de julho, com data limite de 19 de junho para entrega de candidaturas! Sim, leu bem: 7 dias para organizar toda a documentação, recolher assinaturas de enfermeiros que subscrevem as mesmas e todo o processo administrativo necessário. Isto significa que nenhuma putativa lista candidata tem tempo para fazer concorrência a quem está dentro das portas da organização. Na verdade, isto impede qualquer interessado em poder usufruir do seu direito legal e estatutário de se candidatar a um cargo na Ordem.

Mas vejamos exemplos de ordens que são transparentes e próximas aos seus membros e não têm medo da concorrência: A Ordem dos Psicólogos Portugueses convocou eleições com 84 dias de antecedência, para 4 de junho; a Ordem dos Médicos Dentistas convocou eleições com 90 dias de antecedência, para 6 de junho. A Ordem dos Enfermeiros, reforço, convocou eleições com… 7 dias de antecedência.

Tamanha velocidade de procedimentos absolutamente irregulares definem um turbo processo eleitoral inaudito e confirmam alguma intenção, porque incompetência e esquecimento não é de certeza. Esta agressão e atropelo à democracia, estilo lápis azul de tempos idos, este desrespeito pelas regras do jogo, transformam a Ordem dos Enfermeiros, numa organização não democrática, que parecem agarrar-se aos lugares seja por que meios for! Só desejo que a justiça em Portugal seja realmente justa e oportuna, pois da barra dos tribunais não se livram…

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