Os filhos do casal de polacos que morreu no passado sábado após cair de uma ravina no Cabo da Roca, em Sintra, estão a receber apoio médico e psicológico, informou no domingo a Embaixada da Polónia em Lisboa. “As crianças dormiram calmamente durante toda a noite e estão sob assistência das devidas instituições”, refere a secção diplomática, em comunicado enviado à agência Lusa. “Foi-lhes assegurado um amplo apoio médico, psicológico e de bem estar geral, sob a supervisão dos serviços consulares e das devidas autoridades portuguesas”, acrescenta.
A embaixada adianta ainda que já contactou “a família mais próxima, a fim de juntar as crianças com os seus familiares, de forma o mais humanitária possível”, e que destacou “uma equipa de emergência que funcionará até ao regresso das crianças à Polónia”.
A secção consular da Embaixada da Polónia foi informada do acidente no Cabo da Roca, “por volta das 21h20″ de sábado, e a cônsul deslocou-se “de imediato” ao local. O alerta terá sido dado cerca das 18h40 por alguns espanhóis que se encontravam na zona. Ao que tudo indica, o casal de polacos, que ia frequentemente fazer fotografias para o Cabo da Roca, estaria a ser fotografado pelos filhos ou a tirar uma selfie. De qualquer das formas, o facto de conhecerem bem a zona e ainda assim terem arriscado atravessando para lá de uma barreira de proteção está, segundo o Correio da Manhã, a intrigar as autoridades. “A polícia está a conduzir uma investigação sobre as circunstâncias que envolveram o acidente”, menciona o comunicado da Embaixada.
As crianças, um menino e uma menina, de cinco e seis anos, têm “documentos de identidade polacos” e “conhecimento das línguas polaca e portuguesa”, informa a embaixada, confirmando que “provavelmente testemunharam o acidente”. Os pais eram “cidadãos polacos que viviam há alguns anos em Portugal”. Os seus corpos foram resgatados no domingo de manhã, cerca das 11h30, numa operação que envolveu 29 pessoas e acarretou algumas dificuldades, dado o local em que se encontravam os corpos.
Segundo o comandante do porto de Cascais, Dário Moreira, as vítimas, com cerca de 30 anos, foram resgatados por elementos dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme para um Kamov da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC). Nas operações de socorro participaram oito viaturas dos bombeiros, INEM e da GNR, uma lancha da Polícia Marítima e um helicóptero da Força Aérea Portuguesa.