A maioria PSD-CDS garante ser “um referencial de estabilidade governativa” até ao final da legislatura, contra um PS “perdido” e “em guerra interna permanente”. Na Assembleia da República, o PSD, pela voz do deputado Luís Menezes, abriu esta quinta-feira a sessão de plenário extraordinário com uma declaração política para atacar o PS e, ao mesmo tempo, com juras de estabilidade em nome da maioria PSD-CDS.
“Este Governo e esta maioria continuarão a ser um referencial de estabilidade e de segurança governativa até ao fim desta legislatura, por contraponto a uma oposição ora desmotivada, ora deslocada, ora em guerra interna permanente”, afirmou o social-democrata, acusando o PS de andar “perdido nos últimos três anos”, acrescentando que os candidatos do PS a primeiro-ministro, António Costa e António José Seguro, que nos últimos dois dias debateram na SIC e TVI, de “se apresentarem sem ideias”. “A única grande preocupação é ver qual se consegue distanciar mais do engenheiro Sócrates”, disse.
Puxando por números para defender que a economia está a crescer, Menezes queria, no entanto, falar em eleições: “Para aqueles que já estão preocupados com as eleições de 2015 deixamos apenas o seguinte recado: não seremos facilitistas; não seremos oportunistas; não seremos eleitoralistas. Por maiores que sejam os custos partidários desta opção, será este o nosso rumo de ação”.
Na réplica, o CDS falou apenas de economia e não se referiu à estabilidade governativa. Já o PS, pela voz de João Galamba, apoiante de António Costa, desmontou o otimismo de Menezes, dizendo que “o pouquíssimo crescimento está em forte desaceleração”.
O PSD já convocou uma reunião do conselho nacional para dias antes das eleições primárias do PS, a 28 de setembro, para, nas palavras de um dirigente da comissão permanente, “mostrar estabilidade” numa altura em que os socialistas estão “em guerra interna”.