O ministro do Ambiente e a Quercus estão em Nova Iorque para acompanhar, embora de modos diferentes, a cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, depois das marchas por todo o mundo a alertar para o problema.

Jorge Moreira da Silva está nos EUA para apresentar a proposta de Compromisso para o Crescimento Verde, pretendendo o Governo que a atividade dos setores “verdes” tenha um impacto na economia de 3.000 milhões de euros em 2020, subindo aos 5.100 milhões em 2030, e que possa criar o dobro dos empregos.

Dois técnicos da associação ambientalista que organizou, no sábado, marchas pelo clima em Portugal, estão em Nova Iorque, onde participaram nas ações do fim de semana em defesa do planeta e vão igualmente acompanhar as reuniões da ONU.

O Compromisso abrange setores tão diversificados como os resíduos, a reabilitação urbana, a eficiência energética e hídrica, as emissões de dióxido de carbono, responsáveis pelas alterações climáticas, as energias renováveis, a qualidade do ar e a valorização da biodiversidade.

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Líderes de 193 países foram convocados para várias reuniões, uma delas a cimeira sobre o clima, iniciativa do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon para tentar acelerar compromissos vinculativos em defesa do ambiente e para evitar o agravamento do aquecimento global.

No fim de semana, em várias cidades do mundo, incluindo algumas portuguesas como Lisboa e Porto, milhares de pessoas pediram medidas concretas e urgentes para tentar inverter as alterações climáticas, resultado, nomeadamente, do aumento das emissões de gases com efeito de estufa.

Além de medidas políticas, as mudanças exigem também novos comportamentos dos consumidores em áreas que vão da energia aos transportes, passando pela escolha de alimentos.

O Compromisso para o Crescimento Verde, apresentado pelo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, na semana passada, em Lisboa, tem 83 iniciativas, repartidas por 10 setores, fixa 13 metas quantificadas para 2020 e 2030 e “estabelece as bases para um compromisso em torno de políticas e objetivos que impulsionem um modelo de desenvolvimento capaz de conciliar o indispensável crescimento económico com um menor consumo de recursos naturais e com a justiça social e a qualidade de vida das populações”.

O documento abrange setores tão diversificados como os resíduos, a reabilitação urbana, a eficiência energética e hídrica, as emissões de dióxido de carbono, responsáveis pelas alterações climáticas, as energias renováveis, a qualidade do ar e a valorização da biodiversidade.

A meta da cimeira especial da ONU é assinar um novo tratado, em Paris, em dezembro de 2015. Até lá, realiza-se esta cimeira e a conferência em Lima, no Perú, em dezembro deste ano.

O protocolo de Quioto está “enfraquecido”, só com o compromisso de redução de emissões de gases com efeito de estufa, para 2020, dos países desenvolvidos europeus, ficando de fora outros como EUA, Canadá, Japão e Rússia.