Mesmo conscientes do perigo que representa conduzir sob o efeito de álcool, 26% dos condutores portugueses admitem que, no último mês, guiaram com uma taxa alcoólica superior ao legalmente permitido (0,49 gramas por litro de sangue). É o que revela um estudo realizado pela Prevenção Rodoviária Portuguesa – citado esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias -, onde se percebe ainda que 87% dos inquiridos dizem associar o excesso de álcool aos acidentes rodoviários.

“É uma barbaridade”, afirma José Manuel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que diz que, apesar de saberem que é perigoso conduzir alcoolizado, os portugueses tendem a desvalorizar isso “quando estão com os copos”. E estar com os copos em Portugal é diferente de beber álcool noutros países europeus. Se, nos países nórdicos, “quando se vai para os copos não se conduz”, “em Portugal, bebe-se às refeições, bebe-se durante a semana, tendo sempre a noção de que não se está bêbedo”, comenta Trigoso.

O estudo da Prevenção Rodoviária Portuguesa foi realizado com base em inquéritos feitos à porta de lojas do cidadão de todo o país. Além de 26% dos condutores afirmar já ter conduzido alcoolizado, 36% deles diz também que os amigos têm por hábito fazê-lo. E que, apesar de apenas 9% dos inquiridos admitir conduzir em excesso de velocidade quando alcoolizado, 69% afirmam que os amigos guiam 20 km/h para lá do limite de velocidade.

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