PSD e CDS comprometem-se a dialogar, após as eleições legislativas, para apoiar um candidato presidencial único às eleições de 2016. Este é um dos pontos da declaração conjunta que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas assinaram este sábado no Hotel Myriad, em Lisboa, com vista a formalizar a coligação pré-eleitoral para as legislativas do outono.
Neste documento (que pode consultar em anexo do lado esquerdo), os dois partidos deixam claro que as listas de candidatos a deputados serão feitas com base nos resultados eleitorais de 2011. Nas eleições legislativas de 2011, os centristas tiveram 11,7% (24 lugares) e o PSD 38,6% (108). As últimas sondagens colocam a soma destes dois partidos a cerca de 3 pontos percentuais de distância do PS.
“A aliança que proporemos aos nossos partidos, respeitará as autonomias regionais e incluirá o necessário diálogo para que, depois das eleições legislativas, apoiemos um candidato presidencial, tendo em atenção que as eleições presidenciais implicam decisões de vontade individual que não se esgotam nem dependem unicamente da esfera partidária”, lê-se.
Os dois partidos dizem ainda que a decisão de fazer uma coligação pré-eleitoral (a única tinha sido em 1979) “não foi tomada de ânimo leve”. “Portugal sofreu muito na sua reputação com o que aconteceu em 2011; os portugueses fizeram enormes esforços para salvar o país da bancarrota. Vivemos hoje um tempo em que Portugal recuperou a sua autonomia e é um país credível; os portugueses podem finalmente aspirar a um tempo positivo e a uma vida melhor”, lê-se. Os dois partidos comprometem-se a “fazer tudo o que estiver ao seu alcance para vencer as próximas eleições, alargar a sua base de apoio e evitar o risco de Portugal desperdiçar o caminho feito e regressar a políticas erradas e ilusões perigosas. Os nossos eleitores não nos perdoariam se não fossemos capazes de colocar Portugal primeiro”.
O projeto comum será discutido pelos órgãos nacionais do PSD e CDS já na próxima semana.