Os 100 documentos descobertos na residência de Osama Bin Laden em Abbottabad, no Paquistão, revelam novas informações acerca do ex-líder da organização terrorista Al-Qaeda. Os dados foram tornados públicos esta quarta-feira pela administração dos Estados Unidos, escreve o jornal Telegraph. Bin Laden era entusiasta das teorias da conspiração, lia Noam Chomsky e tinha uma vasta coleção de pornografia que ainda não foi desclassificada devido “à natureza dos seu conteúdo”.

Teorias da conspiração

Bin Laden tinha aparentemente um fascínio por teorias da conspiração. Foram encontrados no seu esconderijo livros como “Linhas de Sangue dos Illuminati”, de Fritz Springmeier sobre a organização secreta Illuminati. O autor é conhecido por ter argumentado que as “forças satânicas” estariam alinhadas com as elites para criar uma nova ordem global.

“Os Segredos da Reserva Federal” de Eustace Mullins, outro especialista americano em teorias da conspiração, foi também descoberto. Eustace é um defensor radical da raça branca que nega que o Holocausto na Segunda Guerra Mundial tenha acontecido. Livros sobre teorias da conspiração ligadas ao 11 de setembro, pelo qual Bin Laden se declarou responsável, também fazem parte da lista.

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Noam Chomsky e relações internacionais

Na casa onde Bin Laden se escondeu até ter sido morto pelas forças especiais norte-americanas, a 2 de maio de 2011, foi também encontrada uma coleção de livros sobre relações internacionais e current affairs. Entre eles, “Hegemonia ou Sobrevivência: Busca da América pelo Domínio Global”, do ativista político norte-americano e professor no MIT, Noam Chomsky; “As Guerras de Obama” escrito pelo jornalista de investigação norte-americano, Bob Woodward; e “A Melhor Democracia que o Dinheiro Consegue Comprar” de Greg Palast, autor e jornalista, também norte-americano.

Pornografia

Já a vasta colectânea de pornografia de Osama Bin Laden ainda não foi tornada pública. A sua existência foi divulgada em 2011 após um raide à casa de Abbottabad do ex-líder da Al-Qaeda. Segundo a agência Reuters, a pornografia “consiste em vídeos registados electronicamente” sendo “moderna” e “bastante extensa”. Brian Hale, porta-voz do diretor dos serviços secretos dos EUA, informou o Telegraph que não seriam divulgados para já mais detalhes sobre a pornografia.

“Não está nos nossos planos divulgar [essa informação] nesta fase”, afirmou. “Devido à natureza dos conteúdos” a decisão foi a não tornar esses dados públicos.