A Comissão Europeia quer reforçar a cooperação, a nível europeu, nas áreas da educação e da formação até 2020, segundo num relatório divulgado esta terça-feira, em Bruxelas, que identifica seis prioridades incluindo a melhoria das perspetivas de emprego.
O relatório conjunto sobre educação e formação 2020, elaborado conjuntamente pela Comissão e os Estados-membros publicado esta terça-feira defende ainda promoção da inclusão social nas escolas da Europa.
O texto identifica seis prioridades até 2020, passando o ciclo das políticas de educação a ser de cinco em vez de três anos.
“Competências e aptidões relevantes, de qualidade e orientadas para os resultados, com vista à empregabilidade, à inovação e à cidadania ativa”, bem como “educação inclusiva, igualdade, não discriminação e promoção de competências cívicas”, são as prioridades que encabeçam a lista.
Seguem-se “sistemas de educação e formação abertos e inovadores, plenamente ancorados na era digital” e “apoios reforçados aos educadores”.
“Transparência e reconhecimento de competências e qualificações para facilitar a mobilidade da aprendizagem e da mão-de-obra” e “sustentabilidade do investimento, do desempenho e da eficácia dos sistemas de educação e formação” são as duas últimas prioridades fixadas no relatório para a educação e formação.
O documento está ainda em fase de projeto, prevendo Bruxelas que seja adotado pelo Conselho de Ministros da União Europeia até final do ano.
Com estas novas orientações, o executivo comunitário espera, nomeadamente, contribuir para dar resposta à radicalização subsequente aos ataques ocorridos em 2015, em Paris e Copenhaga, propondo sistemas de educação e formação mais inclusivos.
“Juntamente com os ministros da educação, reforçaremos o trabalho que temos vindo a desenvolver para reduzir o abandono escolar precoce, combater a exclusão social e apoiar a diversidade nas salas de aula em toda a Europa”, disse o comissário europeu para a Educação, Tibor Navracsics.