Igor Atamanenko, um ex-agente russo afirma ter encontrado provas de que Estaline espiou Mao Tsé-Tung e, entre outros meios, terá recorrido à análise das fezes do dignatário chinês, noticia a BBC World.

O objetivo da análise das amostras dos excrementos era o de traçar o perfil psicológico dos espiados.  Na década 1940, a polícia secreta de José Estaline criou um departamento especial para fazer cumprir este objetivo, refere a imprensa russa citada pela BBC.

As técnicas de espionagem utilizadas pela polícia incluíam esta tarefa malcheirosa, descobriu Igor Atamanenko, enquanto realizava pesquisa nos arquivos dos serviços secretos russos.

“Nessa época os soviéticos não tinham os dispositivos de escuta que os serviços secretos dispõem hoje”, disse o ex-agente. “É por isso que os nossos especialistas tentaram encontrar formas mais extravagantes de obter informações acerca de uma pessoa.”

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Lavrenti Beria, braço direito de Estaline, estava encarregue do laboratório secreto, disse o ex-agente Atamanenko. Mas o que procuravam os analistas-espiões nas fezes?

“Por exemplo, se detetassem níveis elevados do aminoácido triptofano (responsável pela produção da hormona serotonina, que causa o bem-estar e a boa disposição)”, explicou, “eles concluíam que a pessoa era calma e acessível”. Mas, outro lado, “a falta de potássio era visto como um sinal de uma disposição nervosa e de alguém com insónias”.

Segundo Igor Atamanenko os espiões soviéticos usaram este sistema para avaliar o líder chinês Mao Tsé-Tung, quando este se deslocou a Moscovo, em dezembro de 1949. Os aposentos do líder chinês estavam equipados com sanitários especiais, que não estavam ligados aos esgotos, mas a caixas secretas que permitiam a recolha dos excrementos.

Durante os dez dias que durou a visita, os resíduos de Mao Tsé-Tung foram recolhidos e posteriormente analisados. Só depois de retiradas as conclusões da análise e traçado o seu perfil é que Estaline terá avançado na ideia de assinar um acordo com o líder chinês.