O Governo do Presidente interino do Brasil, Michel Temer, cancelou na terça-feira a construção de 11.250 casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, um dos mais destacados dos executivos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, revogou uma decisão de Rousseff que autorizava o banco público Caixa Federal a encomendar a construção de até 11.250 habitações para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, segundo um comunicado.

O ministério explicou que se trata de uma medida preventiva, já que, no seu entender, o contrato para a construção de novas casas “foi assinado e publicado nos últimos dias do Governo anterior e sem os recursos necessários”.

O documento foi publicado no Diário Oficial no passado dia 11 de maio, dias antes de Rousseff ser suspensa do seu cargo pelo Congresso com o objetivo de ser julgada por suspeitas de irregularidades orçamentais, com despesas não autorizadas.

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O Governo de Rousseff intensificou as medidas de caráter social nos últimos meses antes de ser suspensa do cargo.

Numa das suas últimas intervenções públicas, no passado dia 1 de maio, Rousseff também anunciou um reajuste de 10% na Bolsa Família, o programa do Governo de luta contra a fome, e um ajuste do imposto sobre a renda.

O atual ministro do Desenvolvimento Social e Agrário brasileiro, Osmar Terra, já tinha também anunciado que o programa Bolsa Família poderá deixar de existir para 10% dos beneficiários, após uma avaliação ao cumprimento dos critérios.

Michel Temer tornou-se, na quinta-feira, Presidente interino do país, por um período máximo de 180 dias, durante o qual Dilma Rousseff irá a julgamento.