A tecnologia utilizada pela Uber consegue detetar quando os smartphones estão com pouca bateria. Apesar de a tecnológica assegurar que não utiliza essa informação para aumentar o preço das viagens, Keith Chen, responsável pelo departamento investigação económica da Uber, disse à NPR que quando os utilizadores percebem que os smartphones estão prestes a desligar-se ficam mais disponíveis para pagar mais pelo serviço, conta o The Telegraph.

De acordo com Keith Chen, os utilizadores podem aceitar um preço até 9,9 vezes a tarifa normal, sobretudo se perceberem que o seu telefone está prestes a ficar sem bateria. “Um dos indicadores mais fortes sobre se os utilizadores vão ser sensíveis ou não às tarifas dinâmicas [momento em que a Uber cobra uma tarifa superior à estabelecida]… é a percentagem de bateria que ainda têm no telefone”, afirmou.

O responsável adiantou que a empresa não utiliza esta informação para aumentar as tarifas, mas que “é um aspeto psicológico interessante sobre o comportamento humano”.

As tarifas dinâmicas foram introduzidas pela Uber para incentivar os condutores a estarem disponíveis nas horas de maior procura pelo serviço. Contudo, têm sido alvo de críticas, sobretudo depois de a tecnológica ter aplicado as tarifas dinâmicas na sequência de um incidente em Sydney, na Austrália, que envolveu reféns.

De acordo com o que é avançado pelo The Telegraph, quando a Uber introduz a tarifa dinâmica pela primeira vez numa cidade, um aumento de 1,2 vezes o preço normal é suficiente para desencorajar 27% dos utilizadores que pretendem utilizar o serviço. Nas cidades em que a tecnológica está mais estabelecida, a percentagem de utilizadores que desiste do serviço quando vê a tarifa dinâmica desce para 7%.

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