Mike Pence, governador do estado de Indiana, será o vice-Presidente, de Donald Trump, caso o presumível candidato republicano vença a corrida à Casa Branca, a 8 de novembro de 2016.

A confirmação foi feita pelo próprio Trump, no Twitter, depois de uma semana de muita especulação — eram mais de dez os nomes lançados como possíveis escolhidos. “Tenho o prazer de anunciar que escolhi o governador Mike Pence como meu vice-Presidente”, escreveu “The Donald”.

Mike Pence, de 57 anos, é governador do estado de Indiana desde 2013. Político experiente, conhecido conservador, é há muito um destacado defensor de causas pró-vida.

Inicialmente mais próximo de Ted Cruz, Pence acabou por declarar oficialmente o seu apoio a Donald Trump depois de o multimilionário ter garantido aritmeticamente a sua nomeação como candidato republicano.

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Antes de se tornar governador do Indiana, Mike Pence esteve 12 anos no Congresso norte-americano, o que lhe dá uma experiência política invejável — e preciosa para Donald Trump. Durante o período em que esteve em Washignton, liderou o Republican Study Group, um think thank conservador, próximo do Tea Party, ala super-influente do Partido Republicano.

E este é um detalhe muito importante para “The Donald”, como lembra a BBC. Pence pode ajudar Trump a conquistar definitivamente o establishment do partido, sobretudo a ala afeta ao Tea Party, que continua pouco convencida com o candidato.

Conhecido pelas suas ideias “anti-aborto”, Mike Pence tem no seu currículo algumas polémicas. Em 2000, por exemplo, quando iniciou a sua escalada até ao Congresso norte-americano, centrou parte da sua campanha na desmistificação dos malefícios do tabaco. A Vox recorda a esse propósito uma tirada curiosa do agora companheiro de corrida de Trump: “Dois em cada três fumadores não morre devido a doenças provocadas pelo tabagismo”. Uma estatística que lida ao contrário significa que “um em três fumadores morre por doenças provocadas pelo tabagismo”.

Longe de ser uma figura consensual, Mike Pence, que nunca se coibiu de criticar abertamente algumas propostas de Trump, nomeadamente em matéria de imigração e política externa, será uma peça importante no jogo de xadrez que para Trump só agora começou — “The Donald” venceu o partido, mas terá agora de bater Hillary Clinton se quiser chegar à Casa Branca.