A Comissão Europeia aprovou o plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) por considerar que haverá “uma racionalização profunda do banco no sentido de o fazer voltar a uma situação de rentabilidade a longo prazo”. Em entrevista ao Negócios, a responsável explica que isso passará por “significativas reduções de custos, reconhecimento de perdas por imparidades, aumento da eficácia e medidas de redução de riscos”.

“Apesar de o banco ter registado perdas e a sua situação ser delicada, o plano prevê uma mudança muito profunda e objetivos precisos”, diz a Comissária Margrethe Vestager, que tem a pasta da Concorrência na Comissão Europeia.

O secretário de Estado do Tesouro, Ricardo Mourinho Félix, terá assumido perante o sindicato de trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos que o plano de reestruturação do banco público passa por uma redução de cerca de 2.500 trabalhadores até 2020. A informação, segundo avançou na quinta-feira o Negócios, terá sido transmitida pelo governante na passada quinta-feira durante um encontro que teve com o sindicato. Essa é uma das metas do plano acordado com Bruxelas.

Mais contornos do plano? Margrethe Vestager diz que “compete às autoridades portuguesas explicar o plano preparado para a CGD”. E, sobre se a injeção pública vai ou não contar para o défice, a comissária diz que “competirá ao Eurostat avaliar o impacto da injeção de capital na CGD sobre o défice orçamental português”. Isto porque “uma decisão em matéria de auxílios estatais é independente do tratamento estatístico de uma operação ao abrigo das regras nacionais”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR