Um jogo de futebol sem “minis” nem bifanas para o aquecimento? Esta terça-feira vai ser assim, em Alvalade. A PSP pediu, a Câmara de Lisboa acedeu e, assim, esta terça-feira os adeptos ficam sem o habitual convívio antes e depois do encontro da segunda jornada da Liga dos Campeões, entre o Sporting e os polacos do Legia de Varsóvia. Pelo menos, nos pontos habituais.

Tudo em nome da segurança. A pensar nos confrontos de 2012 — em que houve adeptos feridos, confrontos entre claques dos dois clubes e até entre elementos da Juventude Leonina e agentes destacados pela Polícia para a segurança do jogo de qualificação para os oitavos de final da Liga Europa –, e “de forma preventiva”, a PSP pediu à Câmara Municipal de Lisboa que quebrasse a tradição e não concedesse autorizações aos comerciantes que costumam montar as suas roulotes perto do estádio em dias de jogos.

O objetivo do impedimento, justificou a PSP, era prevenir qualquer concentração de adeptos que “possa por em risco todo o policiamento ao jogo, nomeadamente quando chegarem os adeptos do Legia”, referiu o Comissário Sérgio Soares à TSF.

Tudo será feito para evitar confrontos entre adeptos do Sporting e do Legia de Varsóvia”, admitiu o porta-voz da PSP.

A Câmara de Lisboa percebeu os argumentos. Ao Observador, fonte do COMETLIS diz que a autarquia “acolheu bem” a proposta. A informação será passada às autoridades e aos comerciantes, que ficam assim impedidos de abrir portas para o jogo entre as duas equipas.

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23 Fevereiro de 2012. Essa é a quinta-feira que perdura na memória dos responsáveis da PSP e que levou o COMETLIS a pedir a intervenção da PSP. Nessa noite (em que os portugueses saíram vitoriosos, com um golo de Matías Fernández ao cair do pano que atirou os leões para os oitavos de final da competição), os adeptos do Sporting e do Legia envolveram-se em violentos confrontos.

Um dos episódios aconteceu na zona do Campo Grande, Lisboa. Um grupo de adeptos leoninos cercou um táxi onde seguiam adeptos do Legia e retiraram-nos à força do carro. Quando a PSP chegou ao local, os elementos da Juve Leo puseram-se em fuga e refugiaram-se na sede da claque, nas instalações do estádio. Foi aí que os adeptos da equipa portuguesa entraram em confronto direto com as autoridades. Alguns deles acabaram por precisar de assistência médica.

A PSP espera agora que a intervenção da autarquia evite grandes concentrações. Mesmo que, dos 800 bilhetes pedidos pela equipa polaca, apenas metade já tivesse sido vendida, a pouco mais de 24 horas do início do encontro.