O Papa Francisco voltou a falar, este domingo, sobre a visita a Portugal em maio de 2017. Durante a viagem de regresso do Azerbaijão, Francisco disse aos jornalistas que apenas pode garantir a deslocação a Fátima no dia 13 de maio, mas deixou em aberto a hipótese de uma viagem mais longa.

“Com toda a certeza, posso dizer até hoje, que vou a Portugal, mas vou só a Fátima. Isto até hoje. Porque há um problema: é que, neste Ano Santo, foram suspensas as visitas Ad Limina e, no próximo ano, decorrem as deste ano e as do ano seguinte. Por isso, há pouco espaço para viagens. Mas vou a Portugal, para já, só no dia 13, mas, ao certo, ainda não sei”, disse o Papa, questionado pela jornalista da Renascença Aura Miguel.

Nas últimas duas semanas, Francisco já se pronunciou duas vezes sobre a visita a Portugal, dando a entender que deverá apenas deslocar-se a Fátima. Ao bispo auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás, o Papa disse que vem a Portugal, “mas a Fátima”. Dias antes, tinha dito ao bispo auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, que lamentava “não poder visitar Braga”.

Entretanto, a Conferência Episcopal Portuguesa já veio reagir a esta notícia, pela voz do porta-voz, o padre Manuel Barbosa. “Esse anúncio concretiza o forte desejo do Papa em visitar Portugal, expresso aos bispos portugueses na visita Ad Limina em setembro de 2015″, disse o responsável pelo órgão que lidera a Igreja em Portugal, citado pela Agência Ecclesia.

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Durante o voo, o Papa Francisco anunciou ainda que prevê viajar, em 2017, à Índia, ao Bangladesh e a África.

Durante o voo de regresso a Roma, o líder da Igreja Católica deixou em aberto a viagem à Colômbia, país que, ressalvou, só visitará “quando o processo de paz”, entre Governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, “estiver blindado” e não haja “nenhum motivo para uma marcha atrás”.

O Papa aproveitou ainda o voo para admitir a possibilidade de beatificar o padre Jacques Hamel, degolado durante uma missa na cidade de Rouen, na França, e para pedir aos americanos católicos que votem, nas eleições presidenciais, “segundo a sua consciência”, depois de conhecerem “as propostas dos candidatos”.