“Estamos a preparar, com as empresas, naturalmente, a criação de uma agência espacial”, disse Manuel Heitor, sem adiantar pormenores. “Para nos lançarmos para uma maior e uma mais profunda atividade [na área do espaço], temos de começar a ir para os grupos de países que têm uma agência espacial, com profissionais”, sustentou.

Segundo o ministro, que falava à agência Lusa na véspera do conselho ministerial da agência espacial europeia ESA, na Suíça, a “evolução no esquema de governação” da atividade espacial, em Portugal, com a criação de uma agência espacial, “vai ser um dos principais desafios em 2017”.

Diria que, nos últimos 15 anos, foi aprender a trabalhar com a ESA, a lançar um conjunto de atividades que eram inexistentes em Portugal [na área do espaço]. Dinamizou-se a atividade científica, mas, sobretudo, a atividade de empresas que não existiam em Portugal e a de empresas que cresceram. Agora, que já demos provas, queremos alargar a participação, lançar novos desafios para o Atlântico, e, para isso, precisamos de ter uma gestão e um sistema de governação mais adequado e moderno”, defendeu.

À Lusa, o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão, que acompanha o ministro na deslocação, na quinta e sexta-feira, à Suíça, afirmou, igualmente sem pormenorizar, que, “seguramente, no próximo ano”, será estudada “a viabilidade da criação de uma agência espacial” em Portugal.

A concretização do que disse ser ainda uma ideia está “dependente de vários acontecimentos”, como a criação, nos Açores, do Centro de Investigação Internacional do Atlântico.

Portugal é membro da ESA desde 14 de novembro de 2000. A atividade científica e empresarial nacional no setor espacial é, atualmente, gerida num departamento da FCT, o Gabinete do Espaço. No conselho ministerial da ESA, que se realiza na quinta e sexta-feira, em Lucerna, na Suíça, têm assento ministros dos países-membros com a tutela científica, tecnológica ou industrial.

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