A Companhia do Aeroporto de Macau (CAM) está em diálogo com duas companhias aéreas para efetuarem a ligação entre Macau e Portugal, suspensa em 1998.

“Já começámos conversações com algumas transportadoras aéreas, mas há algumas limitações (…). Esperamos encontrar uma possibilidade”, disse Eric Fong, diretor do departamento de marketing da CAM, quando questionado sobre a possibilidade de retomar a ligação aérea a Portugal.

Numa conferência de imprensa sobre desenvolvimento de infraestruturas e marketing do aeroporto, que planeia uma expansão de modo a acomodar 7,5 milhões de passageiros, o responsável indicou que o aeroporto falou com “duas transportadoras”, uma chinesa, outra “internacional”, que procura parceiros para poder operar a rota.

“Estamos a ver se há possibilidades. É muito difícil dizer (quando). Se todos estiverem prontos, será uma questão de alguns meses. Mas ainda estamos em avaliação”, explicou, sem querer adiantar o nome das companhias.

O regresso desta rota, que a TAP operou por apenas 30 meses por falta de rentabilidade, há muito que é falado, mas a sua concretização está dependente do interesse das companhias.

Em outubro do ano passado, durante a 5.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, considerou que seria “muito interessante” que essa ligação fosse feita, tendo também em conta a nova rota entre Pequim e Lisboa que se espera começar a operar em junho deste ano.

“A primeira ligação vai ser a partir de Pequim, mas penso que [Macau] não está fora. Penso que há negociações em curso com várias outras companhias aéreas, e que se Pequim vai servir diretamente o norte da China, seria muito interessante que houvesse voos também da parte sul e penso que faria todo o sentido que fossem a partir de Macau”, disse na altura, em Macau, referindo à rota entre Hangzhou (capital de Zhejiang), Pequim e Lisboa.

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