O primeiro grupo de observadores do Parlamento Europeu às eleições presidenciais de Timor-Leste, de 20 de março, é esperado em Díli no fim de semana, disse esta quinta-feira à Lusa o embaixador da União Europeia na capital timorense. “Grande parte do grupo de 26 a 28 observadores do Parlamento Europeu chega a Díli previsivelmente no dia 12”, explicou Alexandre Leitão, em declarações à Lusa na Comissão Nacional de Eleições timorenses (CNE).

O diplomata português falava à Lusa depois de assinar com o presidente da CNE, Alcino Baris, o memorando de entendimento que define as condições necessárias para a realização da missão de observação.

Garantias, aspetos logísticos, liberdade de acesso a todo o processo e apoio das autoridades aos observadores são alguns aspetos contidos no documento sobre o que é a sexta missão oficial de observadores da União Europeia a votos em Timor-Leste – a primeira das quais a consulta popular de 1999 em que os timorenses optaram pela independência.

Alexandre Leitão destacou o facto de a UE ter sido a única entidade pública internacional a ser convidada a enviar uma missão de observação às eleições deste ano, que também colabora na consolidação dos “valores basilares” de democracia e Estado de direito. “Em Timor-Leste há um registo muito positivo de eleições nesta jovem nação que começou logo sendo uma democracia”, salientou. “Faço votos de que estas eleições decorram de forma absolutamente exemplar, que Timor continue a ser um exemplo”, disse ainda.

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Um memorando idêntico foi também assinado na quarta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros, em nome do Governo timorense. “A colaboração da União Europeia na observação das eleições ajuda a garantir ainda mais eficácia ao processo eleitoral, para que seja apreciado aqui e internacionalmente”, afirmou Alcino Baris depois de assinar o documento.

Uma equipa avançada da missão oficial de observadores está já em Díli para os preparativos iniciais para o acompanhamento das eleições presidenciais, previstas para 20 de março e em que o leque final de candidatos será conhecido a 18 de fevereiro, depois do Tribunal de Recurso verificar as 8 candidaturas.

Alexandre Leitão explicou que no caso das eleições legislativas previstas para o início de julho – e em que se deverão apresentar pelo menos 25 partidos políticos – estarão em Timor-Leste entre 36 e 38 observadores do Parlamento Europeu.